Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Política externa durante o Segundo Reinado.

AS GUERRAS DO PRATA: GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS, GUERRA CONTRA AGUIRRE E A GUERRA DO PARAGUAI
I - Objetivos
a. Geral. Analisar os conflitos do Império Brasileiro na bacia platina na segunda metade do século XIX a partir de livros didáticos e historiográficos.
b. EspecíficosIdentificar as contradições internas dos países envolvidos nos conflitos platinos.Caracterizar as principais causas que levaram à Guerra do Paraguai.Relacionar as relações multilaterais entre os países envolvidos na guerra e as relações bilaterais entre Paraguai e Brasil.Problematizar as três interpretações historiográficas existentes sobre a Guerra do Paraguai.
Criticar as abordagens da Guerra do Paraguai nos livros didáticos.
II Metodologia. Aula expositiva sobre o tema proposto. Inicialmente será feita uma introdução à história da Guerra, focalizando as causas e as conseqüências desta. Em seguida será abordada a historiografia sobre o conflito e algumas repercussões históricas do conflito nos discursos políticos dos países envolvidos. A terceira parte consistirá na crítica aos livros didáticos, citando o que é, e o que não abordado por estes.
III. Bibliografia AQUINO, Rubim Santos Leão de... [et al.]. Sociedade Brasileira: uma história através dos Movimentos Sociais. Rio de Janeiro: Record, 2006. BONAVIDES, Paulo & AMARAL, Roberto. Textos Políticos da História do Brasil, Volume 2. Brasília: Senado Federal, 1996. CAMPOS, Flávio de & MIRANDA, Renan Garcia. A Escrita da História. São Paulo: Escala Educacional, 2005. COSTA, Luís César Amad & MELLO, Leonel Itaussu. História Geral e do Brasil: da Pré-História ao Século XXI. São Paulo: Scipione, 2008. COTRIM, Gilberto. História Global: Brasil e Geral. São Paulo: Editora Saraiva, 2000. DORATIOTO, Francisco. Maldita Guerra: Nova História da Guerra do Paraguai. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Novo Ensino Médio. São Paulo: Editora Ática, 2006. PILETTI, Nelson & PILETTI, Claudino. História e Vida Volume 2. Brasil: do Império aos dias de hoje. São Paulo: Ática, 1997. SCHMIDT, Mario. Nova História Crítica. São Paulo: Editora Nova Geração, 2007.
"A crítica, porém, aos grandes mestres é sempre fácil. A arte da guerra é aquela que mais erros se comete. Os maiores capitães cochilaram, como o divino Homero. A guerra, na frase de um ilustre oficial Francês, é uma série de erros e vence o que menos erra" Dionísio Cerqueira
Historiografia. Cada país analisa os conflitos do seu modo, ou seja, têm uma visão historiográfica própria León Pomer - grande negócio; Chiavenato - genocídio americano Militares colocam a culpa da guerra na Monarquia Fascismo paraguaio - ressurgimento da figura de heróis como Solano López Para o Brasil o fato pode ser relevante, mas para os paraguaios a Guerra ainda traz más lembranças
Três Explicações
1ª) Na minha formação Solano López e o "Grande Paraguai", ditador, história positivistaAmbição de Solano López em formar o "Grande Paraguai", com uma saída para o mar
2ª) Revisionismo na década de 70 e 80Culpado é o imperialismo inglês e o capitalismo internacional"Paraguai bonzinho e Inglaterra má"
3ª) Década de 90Inglaterra livre navegação, influencia inglesa para impedir Solano Lopez, 1% dos investimentos ingleses da América do Sul, Brasil estava rompido com Londres na Questão Christie. Os ingleses só se aproveitaram dela (não é culpa dos ingleses, mais lucraram com empréstimos e venda de armas, navios, etc.) Contradições internas, formação e consolidação dos Estados Nacionais
Livros Didáticos:
O que é Abordado. As três interpretações historiográficas sobre a GuerraNos livros do Ensino Médio abordam todos os conflitos citados, enquanto que o livro do Ensino Fundamental aborda apenas a Guerra do Paraguai. Valoriza mais as causas e as conseqüências da guerra, ou seja, não fica restrito a uma reprodução positivista de batalhas, etc. Crítica às personalidades históricas participantes, heróis e vilõesEm geral há o repúdio pelos brasileiros da Guerra como forma de conseguir vantagens. Os "horrores da guerra", a crueldade brasileira, etc. Aborda-se a conquista do Paraguai, mas esquece-se de falar da situação dos brasileiros em alguns momentos.
O que não é Abordado. Abordagens críticas em relação ao conflito. Não há exaltação nacionalista, ou uma visão patriótica excessiva da guerra.Inexistência de filmes, novelas, ou programas que tratem diretamente do assuntoNão é abordado em nenhum momento o problema do alistamento, e de como e quem ia para a guerra. Não há relação com a falta de cidadania brasileira no século XIX. O alistamento só passa a ser obrigatório e universal no Brasil na década de 1910. É importante ressaltar que surge o tenentismo na década de 20. A Guerra pode ser comparada com o Brasil de hoje: será que o país estaria realmente preparado para um conflito, do mesmo modo que a Guerra do Paraguai? A historiografia do conflito também não é definitiva. Até hoje não se chegou a conclusões definitivas sobre o conflito. É importante ressaltar que cada país envolvido analisa a guerra de seu próprio ponto de vista, ou seja, a história a serviço do nacionalismo e ideologia. Citando o exemplo do Chile que não reconhece a existência do Vice Reino do Prata da existência de uma saída para o Pacífico, o que estimula as crianças a pensarem a história do país desde sempre como daquela maneira. E que há ainda um conflito com a Bolívia por uma saída para o mar. Filme do James Bond provocou protestos na Bolívia.Durante o processo de reformas do Porto da cidade de Porto Alegre, a produção foi escoada pelo Porto de Montevidéu. Com a independência do Brasil, a Bolívia ou Alto Peru, notavelmente Chiquitos decidiu ficar aliado ao Brasil, tropas mato-grossenses ocuparam a região. Foi mais rápido o pedido vindo pelo mar de Bolívar, do que o do próprio Brasil. Solano López praticamente bisneto de português nascido no Rio de Janeiro e Francia, família paulista. Genocídio - termo do século XX. Paraguai vítima Conde D´Eu - passou para a história como má fama, morreu no centenário da independência. Nome das guerras é brasileirocêntrico! Guerra contra Oribe e Rosas, Guerra contra Aguirre e Guerra do Paraguai Interessante notar que o Brasil ataca o Paraguai pelo Rio da Prata. Oportunidade de discutir o papel de líderes na sociedades, que podem levar um país a ruína, e a questão do tema nacionalismo, o Brasil está preparado para enfrentar uma outra guerra. Visão derrotista, o culpado é o Brasil ou o culpado é Solano López.
A divisão em três conflitos Guerra contra Oribe e Rosas, Guerra contra o Aguirre e Guerra do Paraguai, o que na realidade correspondem a dois conflitosHoje quase não é mais positivista relatando nomes e batalhas e generais Mena Barreto e Tamandaré.
Livros Didáticos: Campos, Flávio de & Miranda, Renan Garcia - A Escrita da História· Intervenções Brasileiras; Expansão da influência imperial abalada pela crise da perda da Cisplatina· Destaca a Guerra contra Oribe e Rosas· A guerra começa 1864 com os paraguaios, política expansionista de um ditador, em resposta a ofensiva brasileira· Dois meses antes o Brasil interferiu na política interna uruguaia· Não se trata de luta do bem contra o mal· Matança sem precedentes. Brasil: 150 mil participaram inclusive escravos· 1870: Paraguai jamais se recuperou, metade da população foi morta· MERCOSUL, parceiro fraco. Mario Schmidt - Nova História Crítica· Império agressivo - desconfiança por ser uma monarquia, navegação, governo do Uruguai,· Mauá (investimentos no Uruguai, influências em Montevidéu, para eles não é herói)· Utilização de crimes de guerra poços envenenados· Violência brasileira· Negros: Caxias os utilizava como buchas de canhão· "Continuar a guerra é um massacre"· Conde D´Eu "30 carroças ou mais"· Exército paraguaio já utilizava adolescente e crianças· Lopez é um ditador e não um libertador social "Muero por mi pátria"· Não foi uma guerra, foi um genocídio· 40% do território foram perdidos· Dívida de guerra,Costa, Luís César Amad & Mello, Leonel Itaussu - História Geral e do Brasil· Desde os tempos coloniais há intervenções no Prata, intensificam-se na formação dos Estados Nacionais (1851-1870)· 1827: Cisplatina torna-se o Uruguai, cobiça dos argentinos· Ambigüidade das relações uruguaias· Flores um colorado queria derrubar Aguirre e em troca apoiava o Brasil na Guerra do Paraguai que se prenunciava?· Solano Lopez: opôs invasão do Uruguai contra o interesse do seu país, não sendo atendido aprisiona Marques de Olinda e atacou Dourados· 1867: Uruguai e Argentina saem da guerra· Protecionismo X imperialismo inglês, intervenção direta ou indireta, segundo historiadores, os exércitos, financiar Tríplice Aliança· Na guerra afrodescendentes argentino e paraguaio engrossavam as fileiras dos exércitos dos seus países e por isso os primeiros a morrer
Gilberto Cotrim· "brigamos com a Inglaterra"
Fonte. Acesso: 17/12/2008

Nenhum comentário: