Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

TRABALHO 2º BIMESTRE - FLU ÉDEN (3º ANO)

AVALIAÇÃO 3º ANO
Leia as instruções
a. Avaliação individual;
b. As respostas deverão ser enviadas via e-mail até o dia 07/05/2009;
c. A avaliação em questão é parte da avaliação do bimestre e tem o valor de 4 pontos;
MOVIMENTOS RELIGIOSOS
Fanatismo
. Zelo religioso, obsessivo, que pode levar a extremos de intolerância.
Fundamentalismo. Qualquer corrente, movimento ou atitude, de cunho conservador e integrista, que enfatiza a obediência rigorosa e literal a um conjunto de princípios básicos.
Messianismo. Movimento ou sistema ideológico que prega a salvação da humanidade através da entronização de um messias que pode ser um indivíduo, uma classe, uma idéia.
Milenarismo. Qualquer movimento de natureza política e religiosa que se caracteriza pela espera da salvação iminente e coletiva deste mundo.
HOUAISS, Antônio & VILLAR, Mauro de Salles. Dicionário Houaiss de Língua Portuguesa. São Paulo: Objetiva, 2001.

Messianismo no Brasil
Pobres, religiosos, armados e, no fim, massacrados. Com poucas variações, esse é o denominador comum de dezenas de movimentos de religiosidade popular que eclodiram de norte a sul do Brasil ao longo do século XIX e na primeira metade do século XX.
(SILVA, Elizete. Movimentos messiânicos: religião e sangue. Nossa História. Ano 3, n. 30, Abril de 2006, p. 13).

CANUDOS NÃO SE RENDEU

“Exemplo único em toda a História, resistiu até o esgotamento completo. Expugnado palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram seus Ultimos defensores, que todos morreram. Eram apenas quatro: um velho, dous homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.”
(CUNHA, Euclides Pimenta da. Os Sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1902, p. 407) Observação: no texto acima, foi respeitada a norma ortográfica vigente na época de sua publicação (início do Século XX).

GUERRA ALEMÃ NO BRASIL

Liderado por Jacobina Maurer, um movimento religioso dividiu uma colônia alemã no sul do País e envolveu mortes de ambos os lados.
Mesmo passados 136 anos, a colônia germânica do Padre Eterno, pertencente então ao distrito de São Leopoldo (RS), ainda sente desconforto ao lembrar as histórias de sangue e de intolerância que envolveram a chamada Revolta dos Mucker.
Para entender esse movimento. Que inspirou livros como Videiras de Cristal (1991), de Luiz Antonio de Assis Brasil, e filmes como Os Mucker (1978), de Jorge Roberto Bodanzky, e A Paixão de Jacobina (2001), de Fábio Barretto. É preciso conhecer sua líder, a controvertida Jacobina Mentz Maurer (1842-1874). Sua trajetória começa em 1872, época em que seu marido, o carpinteiro João Jorge Maurer (1841-1874), conhecido como Wunderdoktor, o Doutor Maravilhoso. Tratava as enfermidades dos colonos, manipulando ervas, mesmo sem ter formação medica conhecida. Os doentes que o consultavam perceberam que sentiam conforto quando ouviam Jacobina recitar a Bíblia. Com o passar do tempo, Maurer anunciou que realizava as curas com o auxílio de uma entidade superior: o Espírito Natural, que a esposa dizia intermediar. A partir dali, as pessoas buscavam a casa da família, na Picada do Ferrabrás, não só pelas curas, mas para ouvir a mulher ler e interpretar o Texto Sagrado.
(http://www.nossahistoria.net/default.aspx?pagid=KMICVOTO . Acessado em 01/05/2006).

FUNDAMENTALISMO CONTEMPORÂNEO
O Reverendo Jim Jones, nos dias finais da colônia do Templo do Povo, na selva da Guiana, era o messias paranóico de uma congregação aterrorizada, mas devota, cujo fim ele previa todas as noites, pelas forças das trevas ameaçadoras que os cercavam: CIA, Ku Klux Klan, racismo, fascismo, holocausto nuclear... Declarava às vezes ser o herdeiro espiritual de Cristo e/ou Lenin. Pregava uma doutrina de socialismo apostólico ao mesmo tempo em que se apropriava para o seu Templo de um tesouro de milhões de dólares em bens imóveis, dinheiro, cheques de seguro e assistência social do rebanho. Nos últimos anos de sua pregação em São Francisco e, depois, na Guiana, Jones tornou-se um dos mais macabros líderes de cultos religiosos da história americana. Se houvesse alguma atenção nacional a sua mensagem e aos brados de alerta dos primeiros membros que romperam com a seita, talvez fosse possível prever o trágico desenlace na Guiana, quando 913 pessoas ingeriram veneno, e se tomar alguma providência para evitá-lo.
(KRAUSE, Charles A. O Massacre da Guiana. Rio de Janeiro: Record, 1978.)

A CARNIFICINA COMO ESPETÁCULO

Alcebíades Diniz Miguel
A partir dos anos 80, o terrorismo adquiriu novas figuras. A dissolução do bloco comunista e o fim da Guerra Fria foram acompanhados da ascensão vertiginosa de grupos fundamentalistas, seitas religiosas e movimentos de extrema-direita, com suas visões apocalípticas de destruição do .inimigo.. As potencialidades propagandísticas das ações violentas nunca foram tão grandes. Os terroristas conquistam minutos de fama instantânea nos noticiários, e parte importante da indústria cultural e de entretenimento valoriza massacres, crimes, linchamentos e destruições. Cenas delirantes de mártires suicidas e loucos assassinos ganham cada residência do Planeta. Atentados a bomba são um sucesso; o novo terror é um campeão de audiência.
(http://www.fflch.usp.br/dlo/cej/gpd/ameacas2.html . Acessado em 01/05/2006).
Salman rushdie: o escritor que a .fatwa. Não calou Pouco antes da sua própria morte, o Ayatollah Khomeini incitou os muçulmanos a assassinarem Salman Rushdie. Nascido na Índia, autor dos Versos Satânicos, em que o profeta Muhammad é descrito de forma «blasfema», Rushdie é, apesar da ameaça constante de morte, um dos mais importantes escritores vivos. Este mestre do realismo mágico nasceu na Índia, em 1947, mas estudou e vive no Reino Unido. Autor dos célebres Fúria ou O Chão que Ela Pisa, vencedor do Booker Prize, é, no entanto, a controvérsia gerada pela publicação, em 1988, dos Versos Satânicos que lhe dá fama mundial. É a 14 de fevereiro de 1989 que o Ayatollah Khomeini proclama a Rushdie, a “fatwa”, sentença de morte pela «blasfêmia contra o Islã» e por apostasia, ou seja, rejeição da fé islâmica. O perigo de morte leva o escritor a viver sob segurança britânica, o que causou um conflito diplomático entre Irã e Reino Unido, só resolvido em 1999. Em 1998, é a vez de o Governo iraniano aliviar a tensão diplomática com os ingleses, declarando que a “fatwa” contra o escritor não será cumprida.
(http://www.icicom.up.pt/blog/muitaletra/arquivos/006006.html . Acessado em 01/05/2006 . Texto adaptado).

TAREFA

Os movimentos messiânicos, fundamentalistas e milenaristas têm em comum um acentuado traço mítico-religioso, baseado no fanatismo cego de quem adere a uma doutrina ou messias a fim de seguir sua pregação. Apesar do simbolismo presente nesses embates, suas causas são bastante realistas.
Assim sendo, com base nas informações, nos textos, nas ilustrações e em seus conhecimentos prévios, procure apresentar:

a. Duas causas e uma conseqüência dos movimentos de cunho religioso, tanto na História do Brasil como no mundo contemporâneo.

b. Uma diferença entre os movimentos ocorridos no Brasil e aqueles ocorridos no restante do mundo.

Respostas através do e-mail: wsshist@gmail.com

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