AVALIAÇÃO 3º ANO. TEMA; GOLPE CIVIL-MILITAR DE 1964
Em 31 de março de 1964, um golpe de Estado articulado por setores das Forças Armadas e de partidos políticos de oposição ao governo estabelecido, ealimentado por manifestações de setores da Imprensa e da Igreja Católica, derrubou o Presidente João Goulart do poder. A partir desse momento e ao longo de cerca devinte anos, o Brasil experimentou, ao lado de outros países da América Latina, como Chile (1973) e Argentina (1976), uma experiência política que rompia com as tradições de democracia e de liberdade, fragilmente constituídas no sul do continente.
Reprodução da capa do livro Memórias do Esquecimento, de Flávio Tava res (Rio de Janeiro: Re cord, 2005), que se refere ao período da Ditadura Militar (1964-1985).
Durante anos no Brasil (...) o choque elétrico foi utilizado pela polícia “normalmente” contra os marginais e delinqüentes pobres, autores ou suspeitos de crimes comuns, para obter confissões ou informações. O choque elétrico sofisticado, comrequintes de perversão, porém, só foi usa do contra os presos políticos. O quartel da rua Barão de Mesquita foi o cenário em que eu vivi e vi esse drama, que se desenvolve em forma progressiva. Começa na mão direita, e isso já bastaria como crueldade, pois o efeito recorre [sic] todo o corpo e o prisioneiro cai. Os pontapés e os gri tos obrigam o preso a levan tar-se e tudo recomeça. Aos poucos, surgem as variantes do sadis- mo: molham o chão para que o efeito seamplie da planta dos pés à cabeça, num tremor profundo e, logo, o cabo metálico chega ao rosto e ao contorno dos olhos, aos ouvidos, às gengivas e à lín- gua. Na sala de torturas, o prisioneiro está sempre nu ou semi nu (só de cuecas ou calcinhas) e isto, que em si mesmo já é uma humilhação, facilita o requinte maior do choque elétrico: nos ho- mens, amarrar o fio no pênis, e nas mulheres, introduzir o cabometálico navagina. E em ambos, como alternativa final, o choque elétrico no ânus
(TAVARES, Flávio. Memórias do esquecimento. Os segredos dos porões da ditadura. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 2005, p.38-9).
ANGÉLICA
Miltinho – Chico Buarque / 1977
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mu lher
Que canta sempre esse lamento
Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arran jo
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino
Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar.
Miltinho – Chico Buarque / 1977
Quem é essa mulher
Que canta sempre esse estribilho
Só queria embalar meu filho
Que mora na escuridão do mar
Quem é essa mu lher
Que canta sempre esse lamento
Só queria lembrar o tormento
Que fez o meu filho suspirar
Quem é essa mulher
Que canta sempre o mesmo arran jo
Só queria agasalhar meu anjo
E deixar seu corpo descansar
Quem é essa mulher
Que canta como dobra um sino
Queria cantar por meu menino
Que ele já não pode mais cantar.
(http://chicobuarque.uol.com.br/cons truçao/index.html)
Patrícia Pilar, protagonista do filme Zuzu Angel, que retrata a tortura no período pós-1964
TAREFA
Em relação à experiência política autoritária mais recente no Brasil (1964-1985), caracteriza da por governos militares, procure estabelecer:
a) Dois motivos que levaram à destituição do Governo João Goulart (1961-1964);
b) Algumas das determinações contidas nos Atos Institucionais (AIs) instaurados pelos governos militares entre 1964 e 1968, e que visavam garantir a governabilidade e a legitimidade do regime implantado;
c) Algumas formas de resistência política, social e cultural ao novo regime que se constituíram ao longo do período.
TAREFA
Em relação à experiência política autoritária mais recente no Brasil (1964-1985), caracteriza da por governos militares, procure estabelecer:
a) Dois motivos que levaram à destituição do Governo João Goulart (1961-1964);
b) Algumas das determinações contidas nos Atos Institucionais (AIs) instaurados pelos governos militares entre 1964 e 1968, e que visavam garantir a governabilidade e a legitimidade do regime implantado;
c) Algumas formas de resistência política, social e cultural ao novo regime que se constituíram ao longo do período.
Nenhum comentário:
Postar um comentário