A Sociedade de Corte e o nascimento da etiqueta
Camila Koshiba Gonçalves*Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Objetivos
1) Caracterizar a sociedade de corte da época Moderna;
2) Relacionar o surgimento da etiqueta à sociedade de corte;
3) Caracterizar o conceito de civilização.
Ponto de partida
1) Ler o item Isolamento e Proteção, do artigo Feudalismo, disponível no final da postagem;
2) Ler o texto "Novo Tratado de Civilidade", de Antoine de Coutin, ou seu trecho abaixo transcrito.
Justificativa
O conceito de civilização, na definição de Norbert Elias, acompanha o processo de perda da função social da nobreza guerreira e a conseqüente aproximação dessa classe social ao monarca fortalecido. Conhecer e caracterizar os processos culturais que modificaram a mentalidade da aristocracia francesa contribui para solucionar muitos dos problemas conceituais que levaram à Revolução Francesa. Em especial, aqueles relacionados à explosão de rebeliões camponesas contra os símbolos do poder absolutista, intimamente ligados à opressão da corte aristocrática.
Estratégias
1) Conversa inicial com os alunos sobre os procedimentos que adotamos para sentarmo-nos à mesa para as refeições.
2) Comparar o uso de cadeiras e talheres ao procedimento de outras sociedades, tais como a japonesa - com o uso de "hashis" e acomodação ao solo - ou a indígena - sem o uso de talheres. Essa etapa pode ser feita a partir de pesquisas realizadas previamente pelos alunos.
3) Ler o seguinte texto de Antoine de Coutin:
Camila Koshiba Gonçalves*Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Objetivos
1) Caracterizar a sociedade de corte da época Moderna;
2) Relacionar o surgimento da etiqueta à sociedade de corte;
3) Caracterizar o conceito de civilização.
Ponto de partida
1) Ler o item Isolamento e Proteção, do artigo Feudalismo, disponível no final da postagem;
2) Ler o texto "Novo Tratado de Civilidade", de Antoine de Coutin, ou seu trecho abaixo transcrito.
Justificativa
O conceito de civilização, na definição de Norbert Elias, acompanha o processo de perda da função social da nobreza guerreira e a conseqüente aproximação dessa classe social ao monarca fortalecido. Conhecer e caracterizar os processos culturais que modificaram a mentalidade da aristocracia francesa contribui para solucionar muitos dos problemas conceituais que levaram à Revolução Francesa. Em especial, aqueles relacionados à explosão de rebeliões camponesas contra os símbolos do poder absolutista, intimamente ligados à opressão da corte aristocrática.
Estratégias
1) Conversa inicial com os alunos sobre os procedimentos que adotamos para sentarmo-nos à mesa para as refeições.
2) Comparar o uso de cadeiras e talheres ao procedimento de outras sociedades, tais como a japonesa - com o uso de "hashis" e acomodação ao solo - ou a indígena - sem o uso de talheres. Essa etapa pode ser feita a partir de pesquisas realizadas previamente pelos alunos.
3) Ler o seguinte texto de Antoine de Coutin:
“Se todos estão se servindo do mesmo prato, evite pôr nele a mão antes que o tenham feito as pessoas da mais alta categoria, e trate de tirar o alimento apenas da parte do prato que está à sua frente. Ainda menos deve pegar as melhores porções, mesmo que aconteça você ser o último a se servir.Cabe observar ainda que você sempre deve limpar a colher quando, depois de usá-la, quiser tirar alguma coisa de outro prato, havendo pessoas tão delicadas que não querem tomar a sopa na qual mergulhou a colher depois de a ter levado à boca.E, ainda mais, se estás à mesa de pessoas refinadas, não é suficiente enxugar a colher depois de a ter levado à boca. Não deves usá-la mais, e sim pedir outra. Além disso, em muitos lugares, colheres são trazidas com o prato, e estas servem apenas para tirar a sopa e o molho.Você não deve tomar a sopa na sopeira, mas colocá-la no seu prato fundo. Se ela estiver quente demais, é indelicado soprar cada colherada. Deve esperar até que esfrie.Se tiver a infelicidade de queimar a boca, deve suportar isto pacientemente, se puder, sem demonstrar, mas se a queimadura for insuportável, como às vezes acontece, deve, antes que os outros notem, pegar seu prato imediatamente com u’a mão e levá-lo à boca e rapidamente passá-lo ao lacaio atrás de sua cadeira.”
Coutin, Antoine de. Novo tratado de civilidade, in Elias, Norbert. “O Processo Civilizador. Uma História dos Costumes." Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1990, p.102.
4) Associar o "processo civilizador" à nossa maneira de sentarmo-nos à mesa.
5) Elaborar hipóteses acerca do procedimento medieval para as refeições.
6) Extrair do texto procedimentos de elegância, refinamento, higiene e controle corporal adotados pela sociedade de corte.
7) Estabelecer as funções sociais da nobreza francesa antes e depois da centralização monárquica.
Coutin, Antoine de. Novo tratado de civilidade, in Elias, Norbert. “O Processo Civilizador. Uma História dos Costumes." Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1990, p.102.
4) Associar o "processo civilizador" à nossa maneira de sentarmo-nos à mesa.
5) Elaborar hipóteses acerca do procedimento medieval para as refeições.
6) Extrair do texto procedimentos de elegância, refinamento, higiene e controle corporal adotados pela sociedade de corte.
7) Estabelecer as funções sociais da nobreza francesa antes e depois da centralização monárquica.
Isolamento e proteção dos feudos
Assim, povos como os germanos (do Norte da Europa), os hunos (da Ásia), os vândalos (da África), além de húngaros e vikings (da Europa oriental) estavam atacando diversos pontos dos domínios romanos. Em 476, Odoacro, rei de um desses povos invasores, derrubou o imperador de Roma. A partir de então, os diversos povos, antes conquistados por Roma, passaram a se organizar em reinos, condados e povoados isolados, para se protegerem dos ataques dos estrangeiros. Esse isolamento também se estendia à área econômica, levando-os a manter basicamente uma produção para consumo próprio.
A população mais pobre, que vivia de trabalhos no campo, passou a submeter-se aos interesses dos poderosos de uma região, em troca de proteção contra esses ataques externos. Poder, no caso, significava a posse de armas e o comando de soldados. O estabelecimento dessa proteção dos mais poderosos aos pobres, em troca da lealdade, foi adotada pelos povos germanos, que foram dominando grande parte do extinto Império romano do ocidente.
Com o passar dos séculos, os camponeses foram se tornando cada vez mais dependentes desses senhores. Assim, os trabalhadores do campo, além de entregarem os produtos que cultivavam aos seus protetores, passaram a dar-lhes suas terras e oferecerem seus serviços para outras atividades. Com isso, grande parte dos camponeses tornaram-se servos.
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