Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Escravidão negra 2. E eles responderam!

"E ELES RESPONDERAM!!"

Nesse roteiro, você vai ver como "eles" (isto é, os estudiosos da História do Brasil) responderam de maneira diversa à questão levantada produzindo as diferentes alternativas de resposta que estão no próprio núcleo da controvérsia.

O QUE Ê PARA FAZER
1 - LER cuidadosamente o TEXTO nº 1.
2 - VERIFICAR o significado dos TERMOS DIFÍCEIS e que estão no rodapé.
3 - RESPONDER ao QUESTIONÁRIO nº 2 que vem após o texto.
4 - IMPORTANTE repetir essas operações para cada um dos três textos.
TEXTO nº 1
"O pau-brasil, tirado das matas brasileiras, foi o nosso primeiro produto de valor comercial, explorado pela Europa, na primeira metade do Século XVI. Era encontrado nas matas do litoral, desde a baía do Rio de Janeiro até a altura do cabo de São Roque. (...)
(...)
A extração da madeira era feita por índios. Buscavam o pau-brasil nas matas, derrubavam as árvores, cortavam os troncos em pedaços e os levavam para as feitorias. Ficavam empilhados nos pontos mais procurados pelos navios. (...) Como a extração da madeira era feita pelos índios, e eram os índios que conheciam as matas, os portugueses os obrigaram a fazer esse trabalho, escravizando-os. Foi uma das razões pelas quais os índios passaram a odiar os brancos e a se revoltar.
(...)
Com o grande desenvolvimento da cultura açucareira, começou a faltar gente, a faltar mão-de-obra. Os portugueses tentaram continuar a servir-se dos índios, mas estes não estavam acostumados a trabalhos agrícolas e detestavam permanecer por longo tempo executando o mesmo serviço. Não resistiam ao trabalho obrigatório: ou morriam ou fugiam, indo reunir-se a índios inimigos. Os jesuítas, por sua vez, contribuíram para uma falta ainda maior da mão-de-obra, atraindo os índios para as missões¹.
Por essas razões, a Coroa portuguesa, que estava interessada no aumento da produção do açúcar, favoreceu a importação de escravos negros da África. Em princípios do Século XVI foi iniciado o comércio de escravos para o Novo Mundo. A Espanha os introduziu na América espanhola (Antilhas) e Portugal no Brasil.
A partir de 1549, foram importados negros em maior quantidade, para as capitanias da Bahia e de Pernambuco; eram vendidos aos lavradores e aos senhores de engenho a preços vantajosos para os comerciantes, que os traziam da África. Com os lucros da venda do açúcar, os senhores comprovam mais escravos, aumentando a produção do engenho.
A utilização dos escravos africanos deu resultados. Os negros eram mais resistentes do que os índios, já estavam habituados aos trabalhos agrícolas e acostumados à escravidão, que existia na África. A região norte se desenvolveu muito, com o braço do negro escravo. Esse foi um dos motivos do seu rápido enriquecimento e do empobrecimento da região sul. As capitanias do sul não puderam comprar escravos negros, porque custavam caro. E continuaram a servir-se do indígena, tendo necessidade de ir buscá-lo cada vez mais no interior".
¹Missões: Aldeias organizadas pelas ordens religiosas (franciscanos, beneditinos e principalmente jesuítas), logo no início da colonização, a fim de promover a catequese dos índios. Sob a direção dos missionários, os nativos trabalhavam na agricultura e exploração dos recursos naturais. No Século XVII, as missões jesuíticas espalhadas pelo vale do rio Amazonas, dos rios Paraná-Paraguai e no Maranhão, formavam um verdadeiro "império", com uma população de milhares de indígenas e uma vida cultural e econômica intensa.

QUESTIONÁRIO nº 2
1 - Como o Autor explica a introdução da escravidão pelos colonos portugueses no Brasil?
2 — Por que o índio se adaptou à escravização durante a extração do pau-brasil, mas não nos trabalhos agrícolas da cultura açucareira?
3 - Por que deu certo a utilização do escravo africano?
4 — Qual foi a atuação dos jesuítas e da Coroa portuguesa em relação ao problema da mão-de-obra (indígena e africana)?
5 — Por que as capitanias do Nordeste se desenvolveram mais que as do Sul?

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