Continuação... "E ELES RESPONDERAM!"
TEXTO nº 3
Mas não bastavam a experiência técnica dos portugueses na fase produtiva e a capacidade comercial e o poder financeiro dos holandeses para tornar viável a empresa colonizadora agrícola das terras do Brasil. Demais, existia o problema da mão-de-obra. Transportá-la na quantidade necessária da Europa teria requerido uma inversão demasiadamente grande, que provavelmente tornaria antieconômica toda a empresa. As condições de trabalho eram tais que somente pagando salários bem mais elevados que os da Europa seria possível atrair mão-de-obra dessa região. A possibilidade de reduzir os custos, retribuindo com terras o trabalho que o colono realizasse durante um certo número de anos, não apresentava atrativo ou viabilidade,
pois, sem grandes concentrações de capital, as terras praticamente não tinham valia econômica. Por último, havia a considerar a escassez de oferta de mão-de-obra que prevalecia em Portugal, particularmente nessa etapa de magnífico florescimento da empresa das índias Orientais. Sem embargo, também neste caso uma circunstância veio facilitar enormemente a solução do problema. Por essa época os portugueses eram já senhores de um completo conhecimento do mercado africano de escravos. As operações de guerra para captura de negros pagãos, iniciadas quase um Século antes nos tempos de Don Henrique, haviam evoluído num bem organizado
e lucrativo escambo que abastecia certas regiões da Europa de mão-de-obra escrava. Mediante recursos suficientes, seria possível ampliar esse negócio e organizar a transferência para a nova colônia agrícola da mão-de-obra barata, sem a qual ela seria economicamente inviável¹. "
TEXTO nº 3
Mas não bastavam a experiência técnica dos portugueses na fase produtiva e a capacidade comercial e o poder financeiro dos holandeses para tornar viável a empresa colonizadora agrícola das terras do Brasil. Demais, existia o problema da mão-de-obra. Transportá-la na quantidade necessária da Europa teria requerido uma inversão demasiadamente grande, que provavelmente tornaria antieconômica toda a empresa. As condições de trabalho eram tais que somente pagando salários bem mais elevados que os da Europa seria possível atrair mão-de-obra dessa região. A possibilidade de reduzir os custos, retribuindo com terras o trabalho que o colono realizasse durante um certo número de anos, não apresentava atrativo ou viabilidade,
pois, sem grandes concentrações de capital, as terras praticamente não tinham valia econômica. Por último, havia a considerar a escassez de oferta de mão-de-obra que prevalecia em Portugal, particularmente nessa etapa de magnífico florescimento da empresa das índias Orientais. Sem embargo, também neste caso uma circunstância veio facilitar enormemente a solução do problema. Por essa época os portugueses eram já senhores de um completo conhecimento do mercado africano de escravos. As operações de guerra para captura de negros pagãos, iniciadas quase um Século antes nos tempos de Don Henrique, haviam evoluído num bem organizado
e lucrativo escambo que abastecia certas regiões da Europa de mão-de-obra escrava. Mediante recursos suficientes, seria possível ampliar esse negócio e organizar a transferência para a nova colônia agrícola da mão-de-obra barata, sem a qual ela seria economicamente inviável¹. "
¹A ideia de utilizai a mão-de-obra indígena foi parte integrante dos primeiros projetos de olonização² . O vulto dos capitais imobilizados que representava a importação de escravos africanos só permitiu que se cogitasse dessa solução alternativa quando o negócio demonstrou que era altamente rentável. Contudo, ali onde os núcleos coloniais não encontravam uma base econômica firme para expandir-se, a mão-de-obra indígena desempenhou sempre um papel fundamental.
2 Projeto de colonização: O Autor refere-se aqui à iniciativa tomada pelo governo de Portugal de colonizar o Brasil, mediante a instalação de empreendimentos organizados, com núcleos e outras atividades economicamente lucrativas para a Metrópole.
2 Projeto de colonização: O Autor refere-se aqui à iniciativa tomada pelo governo de Portugal de colonizar o Brasil, mediante a instalação de empreendimentos organizados, com núcleos e outras atividades economicamente lucrativas para a Metrópole.
QUESTIONÁRIO nº 4
1 — Que fatores impediram a utilização de trabalhadores brancos (europeus) na lavoura colonial do Brasil?
2 — Qual a relação apresentada no texto entre os portugueses e o tráfico negreiro?
3 — 0 texto dá elementos para você compreender por que o índio não foi escravizado?
1 — Que fatores impediram a utilização de trabalhadores brancos (europeus) na lavoura colonial do Brasil?
2 — Qual a relação apresentada no texto entre os portugueses e o tráfico negreiro?
3 — 0 texto dá elementos para você compreender por que o índio não foi escravizado?
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