Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

PROVA UFRRJ 2001

Concurso de Seleção 2001/I História Comissão Permanente do Concurso de Vestibular da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro UFRRJ

HISTÓRIA
QUESTÃO 31
A partir da observação do quadro renascentista Vênus, de Sandro Botticelli, considere as seguintes proposições acerca das influências que inspiravam os renascentistas:
I - Estilo Impressionista, Naturalismo.
II - Estilo Greco–Romano, Antropocentrismo.
III - Estilo Gótico, Teocentrismo.
IV - Estilo Cubista, Realismo.
Assinale:
(a) apenas a alternativa IV está correta.
(b) apenas a alternativa II está correta.
(c) apenas a alternativa III está correta.
(d) estão corretas as alternativas I e II.
(e) estão corretas as alternativas III e IV.

QUESTÃO 32
“Ao fim e ao cabo, a introdução de africanos, acoplada ao embargo ao cativeiro indígena, permite que a metrópole portuguesa comande – durante certo tempo – as operações situadas a montante e a jusante do processo produtivo americano: os colonos devem recorrer à Metrópole para exportar suas mercadorias, mas também para importar seus fatores de produção, isto é, os africanos”.
ALENCASTRO Luiz Felipe de. O Trato dos Viventes. São Paulo, Cia das Letras, 2000, p. 28.
A partir da leitura do texto acima, pode-se afirmar que o processo de colonização português foi marcado
(a) pela ênfase no capital mercantil voltado para o mercado europeu e pela dependência do trabalho fabril da mão-de-obra escrava.
(b) por um esforço de ocupação das faixas litorâneas e pelo incentivo à formação de pequenas propriedades.
(c) pela evangelização e conseqüente domesticação das populações indígenas e pelo estímulo ao mercado interno.
(d) por uma declarada opção pela força de trabalho do negro africano e por uma economia de subsistência.
(e) pelo caráter comercial organizado com base na grande propriedade monocultora escravista e pela importância do tráfico africano.

QUESTÃO 33
“Após a derrota dos radicais, em 1660, e a liquidação definitiva do antigo regime, em 1688, os dirigentes da Inglaterra organizaram um império comercial de extrema eficácia e um sistema de dominação de classes que se revelou extraordinariamente resistente à passagem do tempo”.
HILL, Chistopher. O mundo de Ponta-Cabeça. São Paulo, Cia. Das Letras, 1987. p. 366.
No trecho acima, o autor indica a importância da Revolução Gloriosa de 1688 para a Inglaterra, já que
(a) forneceu as condições para a eliminação da escravidão no campo.
(b) favoreceu o enfraquecimento da burguesia voltada para a atividade comercial.
(c) criou as condições para o desenvolvimento industrial.
(d) conduziu ao fortalecimento da nobreza terratenente.
(e) evitou o crescimento do operariado.

QUESTÃO 34
“A mais importante das revoluções burguesas foi a Revolução Francesa. Ela destruiu o feudalismo e o absolutismo, lançando as bases para o desenvolvimento pleno do capitalismo. Mais ainda: seus ideais políticos se espalharam pela Europa e pelas Américas, influenciando um século inteiro de lutas pela liberdade. Ainda hoje, muito do que pensamos e acreditamos em política, contra ou a favor, é derivado diretamente dela”.
SCHIMIDT, Mário. Nova História Crítica e Contemporânea. Cajamar. São Paulo, Nova Geração, 1996. p. 95.
A Revolução Francesa aspirava a uma organização mais justa da sociedade e o exemplo da formação dos EUA, a crise financeira e a fraqueza de Luis XVI concorreram para a queda concorreram para a queda do Antigo Regime.
Pode-se afirmar, em relação à Revolução Francesa, que
(a) logo após o início da Revolução, a Assembléia Nacional promulgou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão.
(b) as classes populares se rebelaram porque queriam modificações na Constituição do Antigo Regime.
(c) a democracia vigente na França, na época de Luís XVI, não agradava aos nobres que queriam a volta do Absolutismo.
(d) o rei Luís XVI e seus ministros reagiram às agitações de populares armados, o que fez eclodir uma guerra civil que durou 10 anos.
(e) o Antigo Regime garantia justiça igual para todos, o que irritou a burguesia que derrubou a Monarquia.

QUESTÃO 35
“A invasão francesa de Portugal em 1807, que surgiu quando o príncipe regente, depois de grande e compreensível hesitação, recusou finalmente os pedidos de Napoleão no sentido de Portugal participar também no bloqueio continental à Grã-Bretanha, obrigou a família real a fugir para o Brasil e a corte portuguesa a instalar-se no Rio de Janeiro até 1821”.
BOXER C. R. O Império colonial Português. Lisboa, Edições 70, 1981.
A transferência da corte portuguesa para o Brasil acelerou uma série de mudanças na antiga colônia, tais como:
(a) o enfraquecimento político dos produtores de açúcar e a expansão da atividade cafeeira.
(b) o término da revolução liberal do Porto e o crescimento do comércio com a França.
(c) a abertura dos portos às nações amigas e a assinatura do tratado Methuen com o fortalecimento das relações comerciais com a Inglaterra.
(d) o fim do pacto colonial e a criação do Reino Unido de Brasil, Portugal e Algarves, em 1815, com sede no Rio de Janeiro.
(e) a fundação da Escola de Medicina em São Paulo e o fechamento da Imprensa Régia.

QUESTÃO 36
A Revolução Industrial culminou com o avanço do processo de desenvolvimento capitalista e o surgimento de duas novas classes sociais: o proletariado e a burguesia industrial.
Em relação a esse processo histórico, pode-se afirmar que
(a) a Rússia industrializou-se num momento anterior ao da industrialização da Inglaterra, França e Alemanha.
(b) a acumulação primitiva de capital não teve importância para o surgimento da Revolução Industrial
(c) a Inglaterra foi o país pioneiro, em meados do século XVIII, no processo de industrialização capitalista.
(d) comparativamente ao restante da Europa, a Inglaterra industrializou-se tardiamente.
(e) o crescimento econômico do setor agrário na Inglaterra, na fase anterior à Revolução Industrial, não foi importante para o surgimento desta.

QUESTÃO 37
“Com a abdicação de D. Pedro I chega a revolução da independência ao termo natural de sua evolução: a consolidação de um estado nacional. (...) a recolonização do país, que várias vezes ameaçou o curso natural da revolução – ou pela consolidação definitiva da autonomia brasileira, noutras palavras, do estado nacional. E este o resultado a que chegamos com a revolta de 7 de abril.”
PRADO JÚNIOR, Caio. Evolução política do Brasil e outros estudos. São Paulo, Brasiliense, 1996. p. 55.
A abdicação de D. Pedro I corresponde, dentre outros fatores,
(a) ao desgaste da figura do Imperador frente à população a partir dos escândalos de sua vida pessoal.
(b) ao sucesso dos brasileiros contra o autoritarismo do poder moderador de D. Pedro I.
(c) ao descontentamento dos comerciantes portugueses com os altos impostos do império.
(d) ao conjunto de medidas liberais impostas pelo imperador sem apoio da aristocracia.
(e) às divergências do Imperador com a aristocracia devido à escravidão.

QUESTÃO 38
“(...) O movimento de 1835, como de resto todos os precedentes, mantém-se ‘pré-político’. Somente é político na medida em que houve tentativa de tomada do poder para redistribuí-lo. A fé muçulmana funcionou como “linguagem”, como catalisador. Deu maior coerência ao grupo dos escravos. A palavra-de-ordem da insurreição era “morte aos brancos e viva aos nagôs! (...)”.
QUEIRÓS, Kátia M. de, MATTOSO. Ser escravo no Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1990. p. 165.
A abdicação de Pedro I foi sucedida uma fase de convulsões sociais. O texto acima refere-se aos ameaçadores acontecimentos de um desses episódios, o qual foi:
(a) a insurreição dos escravos ao ganho na revolta dos Malês.
(b) a tentativa de ocupação de Salvador pelo quilombo de Urutu.
(c) o incêndio a vários engenhos de Santo Amaro.
(d) o ataque e a libertação de escravos pela sociedade secreta Ogboni.
(e) a revolta dos escravos no quilombo dos Palmares.

QUESTÃO 39
Liberando escravos para o exército imperial
Decreto no 3725-A, de 6 de novembro de 1866.
“Hei por bem ordenar que, aos escravos da nação, que estiverem nas condições de servir no Exército, se dê, gratuitamente liberdade para se empregarem naquele serviço; e, sendo assim estenda-se o mesmo benefício às suas mulheres”.
Zacarias de Góis e Vasconcelos, do meu Conselho, senador do Império, presidente do Conselho de Ministros, etc., assim o tenha entendido e faça executar.
Palácio do Rio de Janeiro, aos seis de novembro de mil oitocentos e sessenta e seis, quadragésimo quinto da Independência e do Império.
Com a rubrica de Sua Majestade o Imperador.
Zacarias de Góis e Vasconcelos”.
A libertação dos “escravos da nação” em troca de sua participação no Exército Imperial dizia respeito, na época de sua decretação,
(a) ao início do processo de libertação total dos escravos, promovida pelo Estado, em busca de uma modernização social de base capitalista.
(b) à liderança do Exército na luta pela libertação dos escravos, também manifestada na recusa ao cumprimento das ordens de busca e apreensão dos negros fugidos.
(c) à necessidade do Estado Imperial de conter as revoltas surgidas no período regencial com a ampliação do corpo regular do Exército.
(d) ao desejo do Exército de transformar-se na principal força política da nação, tendo em vista uma futura proclamação da República.
(e) à participação brasileira na Guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai, buscando suprir a deficiência de quadros diante do poderoso inimigo (das dificuldades de recrutamento dos homens livres).

QUESTÃO 40
No Brasil, os índios aproveitaram as comemorações dos 500 anos de descobrimento para fazer reivindicações e fazer valer os direitos que lhes são concedidos pela Constituição. A principal das reivindicações dos povos indígenas se refere a
(a) urbanização das áreas ao redor das aldeias.
(b) condições de migração para as grandes cidades.
(c) distribuição de cestas básicas e auxílio-escola.
(d) demarcação de terras indígenas.
(e) treinamento de mão-de-obra.

Um comentário:

Anônimo disse...

obrigado