Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

domingo, 30 de maio de 2010

criptozoologia



História Monstruosa
O estudo de criaturas cuja existência ainda não foi comprovada é controverso desde suas origens. Porém, já ajudou a retirar da obscuridade animais que já estiveram no imaginário popular e que hoje são reconhecidos como raros. Seria esta pseudociência de real utilidade para identificar espécies pouco conhecidas?
por Sérgio pereira Couto
Com certeza, o leitor já ouviu falar de criaturas fantásticas como o Monstro do Lago Ness, o Yeti, o Verme da Mongólia ou mesmo o famoso Chupa-cabras. O que poucos sabem é que há uma ciência (ou melhor, pseudociência) que insiste em classificar essas criaturas não apenas como espécies em real estudo como vai atrás de outras que, em tempos antigos, eram consideradas produtos da imaginação de marinheiros ou viajantes, e que possui uma história conturbada, cheia de altos e baixos.A criptozoologia, como se convencionou chamar esses estudos e pesquisadores, cuida de obter informações desses e de outros animais considerados lendários. Sua denominação vem do grego kryptos ou (escondido), que dá o sentido de “estudo de animais ocultos ou não conhecidos”. Em outras palavras, todo animal que é considerado lendário ou não existente pela biologia tradicional entra neste campo, sendo ou não fantástico.
O curioso é que esta modalidade não trata apenas de unicórnios, dragões e outras criaturas que acostumamos associar a histórias e contos de fadas. Os dinossauros, por exemplo, que todos sabem que existiram, também estão aqui inclusos. Outros tipos de animais que são estudados por estes pesquisadores incluem os selvagens que se localizam fora de sua área geográfica normal, como o avistamento de panteras negras no sudeste da Alemanha em 1989.
Pesquisadores como o norte-americano John Percy Moore (1869-1965) afirmam que a criptozoologia “varia de pseudociência a uma gama de estudos úteis e interessantes, dependendo de como é praticada”. Ele nota também que não é “estritamente uma ciência” e que “muitos cientistas e céticos a classificam como pseudociência a ponto de não haver muitos artigos publicados em revistas científicas sobre o assunto, não existirem cursos para uma formação oficial de especialistas ou empregos para que as pessoas possam estuda-lá”.Há livros que definem os criptozoologistas como “os últimos românticos”, já que estes insistem em se aplicar a encontrar pistas sobre criaturas tão diversas, como os dragões, por exemplo, que podem ter tantas definições semelhantes em várias culturas diferentes. Os animais que são estudados por eles são chamados de crípticos, do inglês cryptids, termo introduzido pelo pesquisador norte-americano John E. Wall num informativo da Sociedade Internacional de Criptozoologia, em 1983.
InvençãoA criação do termo criptozoologia é atribuída ao zoologista belga-francês Bernard Heuvelmans na década de 1950, embora ele próprio tenha atribuído sua origem ao explorador escocês Ivan T. Sanderson. Em seu livro de 1955, “On the Track of Unknown Animals” (“Na Trilha de Animais Desconhecidos”), o pesquisador também diz que tal denominação teria vindo do zoologista holandês Anthonie Cornelis Oudemans e de sua pesquisa, datada de 1892, intitulada “The Great Sea Serpent” (“A Grande Serpente do Mar”). Heuvelmans argumentou em vários escritos que a criptozoologia deveria ser enfrentada com vigor científico, mas também com a mente aberta e um enfoque interdisciplinar. Destacou que muitas fontes preciosas para suas pesquisas estavam nas lendas urbanas e histórias locais que falavam de criaturas, pois, por mais que tais relatos estivessem mergulhados em elementos fantásticos, continham verdadeiros “grãos” de verdade e informações sobre organismos não descobertos.O trabalho do escritor científico alemão radicado nos Estados Unidos, Willy Ley, também é indicado como uma fonte preciosa dentro da criptozoologia. “Exotic Zoology” (“Zoologia Exótica”, 1959) exibe o treinamento em paleontologia que este autor recebera, o que o possibilitara a escrever vários livros sobre animais. Nessa obra, ele discute a validade de alguns tópicos polêmicos, como o Yeti, as serpentes marinhas e várias espécies de dinossauros. A obra levanta, ainda, a possibilidade de algumas criaturas fantásticas, como o unicórnio, o sirrush (uma espécie de serpente de quatro patas encontrada no Portal de Ishtar, na Babilônia, data do século VI a.C.) e até os ciclopes, serem baseados em criaturas reais e que suas reproduções sejam resultado de erros de interpretação de animais ou de seus restos.
Campos e Crípticos
Bernard Heuvelmans nasceu em Lê Havre, no noroeste da França, em 1916. Obteve seu doutorado em zoologia em Bruxelas quando tinha apenas 23 anos. Em 1938, começou a compilar sistematicamente relatos e artigos que não mereciam a atenção da zoologia tradicional. “On the Track of Unknown Animals” foi publicado originalmente em dois volumes em 1955 e traduzido para cerca de vinte línguas.Não contente com os resultados, o pesquisador ainda fundou a Sociedade Internacional de Criptozoologia em 1982, em Washington D.C. para servir de centro de pesquisas para documentar e avaliar provas ligadas a esse tipo de animal. Seu emblema oficial era a figura do Ocapi, nativo das florestas úmidas do nordeste da República Democrática do Congo, e que foi conhecido pelos habitantes locais apenas em 1901. A entidade encerrou suas atividades em 1998 devido a problemas financeiros e manteve um site ativo até 2005.
A influência de Heuvelmans no setor foi importante como uma espécie de “filósofo da ciência”, pois nunca questionou a verdadeira natureza da criptozoologia, por isso é considerado como uma das fundações da moderna metodologia usada tanto nessa área quanto nas mais tradicionais. Depois de sua morte, em 2001, foi estabelecido em Lausanne, na Suíça, um arquivo em sua homenagem, que possui a maioria dos registros conhecidos no campo dos animais desconhecidos.
Assim, a critpozoologia é oficialmente dividida em dois campos principais. O primeiro lida com as criaturas mais conhecidas por mitos e analisa de dragões a sereias. Os que atuam nesse segmento consideram a premissa de haver algo real por trás de cada históri. No segundo, o objetivo do estudo é analisar animais que as pessoas hoje acreditam ter se extinguido ou que ainda não foram descobertos. Os crípticos foram importantes para o que hoje se define como uma espécie de renascimento dessa modalidade, já que os pesquisadores que a ela se dedicam caminham no que se convencionou chamar de “fronteira da zoologia tradicional”.
Os crípticos, por sua vez, são divididos em quatro tipos:
1) Animais não identificados. Espécies que não podem ser categorizadas de acordo com qualquer sistema zoológico existente, como o Pé Grande e o HomemMariposa.
2) Animais potencialmente extintos. Organismos considerados como já não existentes, dentre eles algumas espécies de lagartos.
3) Animais idênticos a tipos já conhecidos, exceto por uma ou outra característica, talvez devido a mutações ou com parentescos de duas ou mais espécies diferentes.
4) Animais conhecidos localizados em lugares incomuns, como o já citado exemplo das panteras negras na Alemanha.
Animais Reencontrados
Entre as espécies cuja existência foi confirmada por esses pesquisadores há pelo menos três casos famosos:
Celacanto
Peixes abissais que, quando localizados em 1938 na África do Sul, foram considerados de início como fósseis vivos. Sua característica mais importante é a presença de barbatanas pares que são semelhantes aos membros dos vertebrados terrestres e que se movem da mesma maneira. esse animal era considerado como um parente próximo do primeiro vertebrado a sair das águas, que teria dado origem a um novo grupo de vertebrados conhecidos como tetrápodes, que inclui os humanos. Foi tido como extinto até ser redescoberto numa época em que já se conheciam cerca de 120 espécies de Coelacanthiformes. Sabia-se que todos esses peixes estavam extintos desde o período Cretáceo. hoje já se conhecem populações na costa oriental da África do Sul, ilhas Comores (no Canal de Moçambique) e na Indonésia.
Rinoceronte de Java
Pertence ao mesmo gênero do rinoceronte indiano e possui as mesmas características de seu parente mais conhecido. difere principalmente no tamanho, pois é menor que o indiano, e possui placas dérmicas menos desenvolvidas, com chifres menores e por vezes ausentes nas fêmeas. apesar de sua população reduzida, acreditava-se que também havia se extinguido, já que o último exemplar em cativeiro morrera em 1907 no zoológico de adelaide, na austrália. originalmente estava espalhado pelas ilhas de Java e Sumatra, chegando até a Índia e a China. hoje é encontrado apenas em duas áreas de proteção, uma na ilha de Java, na Indonésia, e outra no Vietnã.
Dragão de Komodo
Descoberto em 1912 na ilha da Indonésia de mesmo nome. É conhecido pelos nativos de Komodo como “buaya darat” (crocodilo da terra) ou “biawak raksasa (monitor gigante). É a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir de 2 a 3 metros de comprimento e 70 kg de peso em média (alguns exemplares chegam a 135 quilos). É de longe o maior réptil vivo.
Os Defensores
Os criptozoologistas, apesar dos problemas que enfrentam para desenvolver sua profissão, continuam insistindo que os exemplos de animais por eles descobertos (vide box) são suficientes para continuarem suas pesquisas. Há quem ataque essa pseudociência, alegando que ir atrás de criaturas como o Pé Grande ou o Homem-Mariposa só incita a imaginação das pessoas, que esperam assim ver algo parecido com os efeitos especiais de um filme de ficção científica, o que não parece incomodar esses pesquisadores, que preferem continuar suas pesquisas baseados em números: na crença de cientistas tradicionais, estima-se hoje que ainda haja cerca de 15 milhões de espécies animais ainda desconhecidas pelas áreas tradicionais. E dão como exemplo a Lula Gigante, que até 2005, quando um exemplar foi capturado em filme por um fotógrafo japonês, era considerado apenas produto da imaginação de pescadores.
Espécies ou Mitos?
Outro ponto interessante defendido pelos criptozoologistas é que os casos de espécies consideradas como tipo pela comunidade científica tradicional são vários, o que não diminui a validade de seu trabalho. Um outro exemplo é a existência dos Gorilas das Montanhas, considerados como folclore ou mito até sua confirmação, em 1902. O próprio Okapi, símbolo da Sociedade Internacional de Criptozoologia, também era tido como um mito.
Se eles ajudaram a descobrir tantas espécies, por que há muita relutância por parte dos cientistas tradicionais?O que realmente atrai a atenção do público é a possibilidade de se conhecer (ou pelo menos assim pensam) espécies imaginárias. Um exemplo disso é o Dragão, que aparece até mesmo em citações da Bíblia. Enquanto lá é apresentado como símbolo do mal, na China, por exemplo, é símbolo do bem, da paz e da prosperidade.
Durante o século XVI, muitas pessoas acreditavam que o dragão existia. O naturalista suíço Konrad Gesner montou listas com três tipos de dragões num trabalho de seis volumes sobre o mundo animal. Um era descrito como uma serpente gigante com asas, outro era do mesmo tipo, mas um pouco menor, e o terceiro, uma criatura com corpo de serpente, asas membranosas, uma cabeça com chifres e garras.
Os criptozoologistas afirmam que os dragões eram dinossauros que foram capazes de sobreviver mais do que os outros porque teriam aprendido a voar. Quando começaram a morrer deixaram para trás uma imagem que foi passada para diferentes culturas.Outro nome que atrai a atenção do público e dos criptozoologistas é o Monstro do Lago Ness, na Escócia. A origem tradicional de tal criatura remonta há mais de 10 mil anos, quando, durante a última era glacial, as geleiras teriam formado o maior lago de água doce, com uma extensão que mede 36 quilômetros de comprimento, 2,4 quilômetros de largura e, em alguns lugares, atinge 300 metros de profundidade. Quando o degelo começou, a terra que surgiu formou o Lago Ness. Os decendentes dos animais que foram para o lago, quando este ainda era ligado ao mar, passaram a viver num ambiente novo e modificado.
Em 565 d.C., um homem que por lá nadava morreu em circunstâncias misteriosas. Santa Columba, da Cornuália, Inglaterra, foi até o local pouco tempo depois e encontrou homens que carregavam o corpo. Foram eles que disseram que o falecido havia sido atacado por um monstro.A santa mandara ao rio uma companheira para atrair a atenção da criatura, que surgiu das profundezas das águas e avançou contra ela. Columba teria feito o sinal da cruz e ordenado que o monstro fosse embora em nome de Deus. De acordo com um texto escrito um século depois por Santo Adamnam, a fera, ao ouvir a voz da santa, voltou-se para o lago e fugiu até desaparecer de novo em suas profundezas.
Embora o relato não descreva o monstro e lhe dê um comportamento diferente daquele associado à Nessie, nome que tal criatura teria ganho com o passar dos anos, esse é o primeiro caso historicamente comprovado que cita sua existência. Ao longo dos séculos, outros apareceram, mas curiosamente são as autoridades modernas que questionam tais histórias.A crença popular diz que o lago possui kelpies, seres malignos que mudam de forma e que em geral tomam formato de cavalos para atrair visitantes a cavalgá-los e assim entrar na água para afogar suas vítimas. A ligação entre essas criaturas e monstros como Nessie é obscura, mas chama a atenção o fato de que se trata de criaturas ligadas à água.
O auge da fama do monstro aconteceu durante a década de 1930, quando os moradores da região do lago apareceram com depoimentos próprios sobre as aparições do monstro. A imprensa começou a falar do monstro em agosto de 1930 quando o jornal “Northern Chronicle” noticiou sobre três moradores locais que pescavam no lago viram o que foi definido como “uma comoção a uns 500 metros acima do lago”. Um deles viu um borrifo de água subir a uma altura considerável. O monstro aproximouse do barco e se virou para o sul, num semicírculo. As testemunhas disseram que devia estar nadando a uma velocidade de 15 nós.
A notícia atraiu cartas de leitores, publicadas na edição de três de setembro, que haviam visto pessoalmente ou que conheciam pessoas que avistaram o tal monstro. Em abril de 1933, próximo de Abriachan, uma aldeia a noroeste do Lago Ness, um casal passava de carro quando viu uma massa enorme se deslocar no lago. Descreveram um animal enorme que mergulhava na água. Até outubro daquele mesmo ano surgiram os outros outros relatos que deram origem ao formato que hoje tem Nessie.Por fim resta falar de um críptico que vem chamando cada vez mais as atenções dos pesquisadores: o Chupa-cabras.
O primeiro relato de um ataque aconteceu em março de 1995 em Porto Rico. Nele, oito ovelhas foram encontradas mortas, cada uma com três marcas de dentes na área do peito, todas completamente sem uma única gota de sangue. Alguns meses depois, em agosto, uma testemunha, Madelyne Tolentino, disse ter avistado uma criatura na cidade de Canóvanas, onde cerca de 150 animais de fazenda e de estimação foram encontrados mortos da mesma maneira. Algum tempo antes, em 1975, mortes semelhantes aconteceram na cidadezinha de Moca e foram atribuídas ao “Vampiro de Moca”. As mortes atuais foram atribuídas a algum culto de magia negra, mas mais tarde, quando outras ocorrências semelhantes aconteceram ao redor da ilha e muitos fazendeiros relataram mortes de animais, as autoridades locais começaram a repensar o assunto.
O nome Chupa-cabras é atribuído ao comediante e empresári, Silvério Pérez. Logo depois outros relatos de mortes semelhantes começaram a chegar, vindos de países como República Dominicana, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Peru, Brasil, Estados Unidos e México.
A descrição mais comum de tal criatura diz que tem aparência de réptil, com pele em tom cinza e espinhos em suas costas. Mede aproxiNessiemadamente de 1 a 1,2 metros e pula como um canguru. Pelo menos um dos relatos altera sua altura para seis metros, com aparência canina ou de pantera, uma língua bifurcada e presas enormes. Testemunhas afirmam que se ouve o silvo da criatura de longe e que, quando ela passa, deixa um rastro com um cheiro que se assemelha ao enxofre.Se criaturas como estas existem mesmo ou não, só nos resta conjeturar. Se os criptozoologistas conseguiram, de fato, localizar espécies que antes pensavam estar extintas, quem não garante se conseguirão provar a existência de Nessie ou do Chupa-cabras? Resta-nos apenas desejar boa sorte e esperar que mais um capítulo dessa longa história seja escrito.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Grécia Clássica através da música - Mulheres de Atenas



Mulheres de Atenas
Chico Buarque - Augusto Boal
1976

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos, orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas
Cadenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos, poder e força de Atenas
Quando eles embarcam, soldados
Elas tecem longos bordados
Mil quarentenas
E quando eles voltam sedentos
Querem arrancar violentos
Carícias plenas
Obscenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Despem-se pros maridos, bravos guerreiros de Atenas
Quando eles se entopem de vinho
Costumam buscar o carinho
De outras falenas
Mas no fim da noite, aos pedaços
Quase sempre voltam pros braços
De suas pequenas
Helenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Geram pros seus maridos os novos filhos de Atenas
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm presságios
O seu homem, mares, naufrágios
Lindas sirenas
Morenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos, heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas
Serenas

Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas
Secam por seus maridos, orgulho e raça de Atenas


Roteiro Para Debate
Liste as palavras desconhecidas em seu caderno e procure seus respectivos significados no dicionário. A partir da interpretação da letra da música “Mulheres de Atenas”, responda em seu caderno as questões abaixo:
Qual é o tema da letra da música acima? Justifique sua resposta.
De acordo com a letra de “Mulheres de Atenas”, como é a vida das “mulheres de Atenas”? Justifique sua resposta com exemplos extraídos da própria letra.
Para quem os autores da letra dirigem a frase “Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas”?
Qual trecho da letra da música “Mulheres de Atenas” chamou mais a sua atenção? Por quê?

http://diariosdehistoria.zip.net/

Melhores Blogs de História 2010 (IPHR)

A todos aqueles, que contribuíram e ainda contribuem para que esse blog melhore cada vez mais, os meus agradecimentos.

Estou postando essa mensagem para avisar que o nosso blog, juntamente com outros excelentes blogs, foi indicado pelo Instituto de Pesquisa de História Regional (IPHR) ao selo: Melhores Blogs de História 2010.
Ao Instituto e a todos vocês o meu muito obrigado.
Se quiser votar no blog é só acessar o link abaixo.
http://enquetesiphr.blogspot.com/

sábado, 1 de maio de 2010

Revisão e gabarito para prova 9º Ano (8ª Série) - CNEC


GABARITO / EXERCÍCIOS - AULA 28/abril/2010

10) O movimento tenentista, que gerou a morte de soldados que se sentiam os salvadores da pátria, tinha o ideal de mudar a política no Brasil. No episódio que ocorreu no Rio de Janeiro, os militares saíram à luta e deixaram, no imaginário dos brasileiro, a visão heróica e destemida dos soldados, que entregam suas vidas em favor da nação.
13) Hobsbawm fornece vários argumentos que retira de Lampião o título de Robin Hood, o qual, como relata a história, roubava dos ricos para dar aos pobres, fazendo justiça a um povo sofrido e injustiçado. No entanto, o cangaceiro Lampião não agia da mesma maneira; muitos relatos, como os citados no box da página 52 (do livro didático), descartam essa imagem. Lampião atemorizava o povo, tirava-lhe o dinheiro, era perverso, assassino. Para Hobsbawn, ele era um vingador.
14) O fato de ser impiedoso e causar terror gerava respeito por parte das pessoas e não admiração. 16) Há diversos movimentos que têm se pronunciado contra as ações governamentais:
• Movimentos comunitários que lutam por direito e moradia e reforma urbana.
• Sindicatos que reivindicavam melhorias nas condições de trabalho.
• UNE (União Nacional de Estudantes), dentre outros.
Discutindo a História
17) A mulher sempre enfrentou grandes obstáculos Para conquistar e se manter no espaço de trabalho secular. No início do século XX, ela estava presente no trabalho fabril, porém sofria com o salário abaixo do dos homens, eram assediadas ou passavam pela intimidação física.
18) Os problemas enfrentados pelas mulheres durante a República não foram completamente eliminados. Muitas mulheres recebem menor salário do que o homem, exercendo a mesma função. Enfrenta, ainda, o assédio sexual e moral, e a discriminação.
19) B
20) A cidade havia crescido assustadoramente entre os anos de 1900 a 1920, quando recebeu milhares de imigrantes. O telefone já se fazia presente e alguns automóveis circulavam pelas ruas. A cidade dividia-se entre os casarões dos barões de café de um lado e os cortiços dos operários pobres de outro; no centro, o parque industrial, impulsionado pelos imigrantes, marcava o cenário. Porém, a população sofria com a falta de saneamento básico, o serviço sanitário era eficiente, as vias não tinham pavimentação.
21) C
22) E
23) D
ABAPORU

É a tela mais famosa de Tarsila do Amaral, chamada “Abaporu”. Uma pintura surreal, que apresenta um corpo humano estilizado, com dimensões desproporcionais e apoiado em uma base larga de sustentação. A imagem apresenta um colorido esteticamente agradável, com tons que representam o céu (azul), o Sol (amarelo alaranjado) e o verde (as matas, a terra), transmitindo uma idéia de brasilidade. Numa primeira dimensão, foram enfatizados um pé e uma mão, vistos unilateralmente, representando apoio, sustentação, enraizamento, apego, descanso de uma jornada (caminhada), luta (trabalho), resistência e parada para reflexão. Observo ainda que esse “ser ficcional” registrado na tela transmite-me uma expressão de tristeza profunda, angústia e melancolia, uma vez que sua pequena face e longo nariz apontam para baixo, dando indícios de depressão e, ao mesmo tempo, de humildade e subjugação. Imagino um “personagem” dotado de pouca imaginação, porque apresenta uma cabeça minúscula, em relação aos membros e ao tórax. As partes do corpo que aparecem alongadas fazem analogia à vegetação presente na tela, a caatinga. Esta, por si mesma, já denuncia a existência de um ambiente árido, de seca, agreste, tal qual o do interior nordestino. Configura-se simbolicamente a presença fictícia de um retirante, exausto de sua luta pela sobrevivência.
Tânia Marques (maio de 2009)
Fonte: http://marquesiano.blogspot.com/2009/07/leitura-da-obra-abaporu-de-tarsila-do.htmle-tarsila-do.html

Sobre a obra Estrada de Ferro, Tarsila do Amaral ►
http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/educativo/acerto7.html
http://www.mac.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo2/modernismo/artistas/tarsila/obras.htm

MARAL, Tarsila do. Estrada de Ferro ►►►►
Trem de Ferro, Manuel Bandeira
Café com pão
Café com pão
Café com pão Virge Maria que foi isto maquinista?
Agora sim
Café com pão
Agora sim
Voa, fumaça
Corre, cerca
Ai seu foguista
Bota fogo
Na fornalha
Que eu preciso
Muita força
Muita força
Muita força
Oô...
Foge, bicho
Foge, povo
Passa ponte
Passa poste
Passa pasto
Passa boi
Passa boiada
Passa galho
De ingazeira
Debruçada
No riacho
Que vontade
De cantar!
Oô...
Quando me prendero
No canaviá
Cada pé de cana
Era um oficiá
Oô...
Menina bonita
Do vestido verde
Me dá tua boca
Pra matá minha sede
Oô... Vou mimbora vou mimbora
Não gosto daqui
Nasci no Sertão
Sou de Ouricuri
Oô...
Vou depressa
Vou correndo
Vou na toda
Que só levo
Pouca gente
Pouca gente
Pouca gente...

Crise da República Velha - Vídeo Aula



A Crise Econômica de 1929
Eustaquio Lagoeiro Castelo Branco

Podemos considerar o capitalismo um regime que oficialmente foi implantado á partir de finais do século XVIII, após a "Era das Revoluções". Atravessou alguns momentos de angústia representada pela Iª guerra Mundial e a Revolução Russa de 1917. Mas, a crise de 29 responde pelo seu derradeiro teste de sobrevivência.O primeiro momento real de crise do capitalismo.
Do século XIX até início do século XX, a economia mundial tinha seu eixo de importância naEuropa. Países como Inglaterra, França, Alemanha e outros comandavam as decisões econômicas, estabelecia estratégias financeiras, controlava mercados consumidores, monopolizava fontes de matérias primas, ditava preços e prazos.A libra esterlina era a moeda de troca internacional. Ali estava reunida a fortuna do mundo.Mas, já no início do século XX, crises, conflitos e vaidades políticas prenunciavam tempestadesno horizonte, nem sempre azul. Os países europeus, por não conseguirem conciliar interesses, acabam por se envolver num confronto mundial que, praticamente, pôs fim a essa "Belle Époque".O grande beneficiado foi os Estados Unidos. Já na virada do século, quando os ânimos entre os países europeus se acirraram, os americanos do norte aproveitaram-se da situação para se infiltrarem nas regiões sul e central da América é, gradativamente, conquistar um certo predomínio econômico nessas regiões, conquistando mercados e substituindo os europeus na exploração econômica da América latina.Veio a guerra, e mais uma vez, vantagem para os Estados Unidos. Os países europeus em guerra voltaram sua produção para a indústria bélica, diminuindo a produção de bens de consumo geral. Produtos manufaturados americanos eram exportados emmassa para o mercado europeu.Em 1918, Terminada a guerra, novamente a presença americana é flagrante. Empréstimos e mais empréstimos são contratados pelos europeus visando à reconstrução dospaíses destruídos.Esses fatores condicionaram aos EUA uma prosperidade sem precedentes. Um períodode grande abundância gerou uma idêntica euforia social. Os empresários americanos nadavamem capitais.Exportava também o "modelo de homens de negócios", o Self-made-mam. Aquele empreendedor, que, saindo das camadas humildes da população, competentemente prosperou.Toda essa riqueza gerou, nos EUA, um novo ideal de vida ou um novo estilo de vida americano, o "american way of life".Euforia total, alegria geral, contagiante entusiasmo. Mas...breve e de presságios fúnebres.
A Crise
Por volta de 1929, a festa termina numa violenta crise econômica que abalará todo o alicerceda economia mundial. A produção cresce, o consumo diminui, a bolsa de valores quebra, asindustrias entram em bancarrota e a miséria impera.Como tamanho desastre pode ocorrer?Com final da primeira Guerra, o EUA passa por um "boom" econômico. Empresas industriais e agrícolas proliferam e desenvolvem-se. Grandes conglomerados de empresas com capital abertose tornam comuns. As Bolsas de Valores tem movimento fora do comum e a especulação comações é o grande atrativo do momento. Oferecia-se enriquecimento imediato e fácil a quem adquirisse ações. Eram ações de cia de seguros, agrícolas, minas, grandes supermercados, bancos, etc. Todos e de todas as classes sociais praticavam esse "esporte" financeiro, empregandonisso todas as suas economias.Essas empresas fartamente capitalizadas produzem cada vez mais para atender, tanto o mercado consumidor americano, como o mercado europeu e latino americano, gerando, com isso, uma superprodução de mercadorias.Mas, se existe mercadorias em excesso, segundo a lógica do mercado capitalista, não existe inflação.Se não existe inflação, não há necessidade de aumento de salários.Bem! Todos nós sabemos, por experiência própria, que ausência de inflação é uma grande mentira. Afinal, as instituições encarregadas pelo cálculo da inflação são controladas pelo governo que tem interesses outros em demonstrar um equilíbrio financeiro de suas administrações. Por isso, os resultados são camuflados e maquiados. E isso ocorre em todos os lugares e em todos os momentos da história.Os EUA, a par de todo seu desenvolvimento, não era e nem é, diferente.Poderia, segundo os cálculos não haver inflação, mas, os salários a cada dia perdiam seu poder de compra e a população consumia cada vez menos provocando um subconsumo.
Repercussão
Paralelamente, nessa altura do "campeonato" os europeus vinham, gradativamente, recuperando sua economia e, lentamente, diminuindo as importações de produtos americanos, o que reflete no problema de subconsumo americano.Essa diminuição no consumo de produtos americanos, paralelo á produção em excesso produz uma equação inexeqüível e indeterminada: superprodução "versus" subconsumo. Como resultado, as mercadorias em excesso eram estocadas. As empresas tiveram que diminuir a produção, os lucros comprimiram. Os dividendos não tão atraentes.Gradativamente, as pessoas começam a se desinteressar pela posse de ações e tentam se livrar desses ativos financeiros. Os preços destas começam a cair, a oferta aumenta e o pânico a contaminar quem as possuía.Por fim, numa Quinta feira, fatídica, 24 de outubro, a Bolsa de Nova Iorque, ultrapassa seu recorde, oferecendo milhares e milhares de ações para venda. Os valores despencam a quasezero e a bolsa quebra.
Providências Iniciais
O presidente americano, Hebert Hoover, assume as primeiras medidas. São medidas provisórias: estancam as importações e exigem o repatriamento dos capitais emprestados aos outros países. Como resultado as empresas, principalmente européias, passam por dificuldades e procuram salvação na despensa de funcionários causando desemprego.O desemprego enfraquece mais ainda o mercado consumidor.E o comércio mundial e paralisado.Fortunas desapareceram da noite para o dia. E isto ocorre não só nos EUA, mas no mundo todo. Fábricas vão á falência. A miséria e o desespero se instalam em todos os setores da população.È um espetáculo dantesco e infernal. O diabo comemora.Resumindo, a precariedade da demanda interna decorrente da má distribuição de renda que porseu lado gerou um excesso de mercadorias estocadas e conseqüentemente provocou desempregofoi a mola propulsora que desencadeou a recessão de 29 nos EUA.As primeiras medidas de contenção dessa crise, exportou-a para outros países, principalmente Europa, que em reconstrução, dependia da saúde da economia americana....esse o quadro, periclitante, que se delineou no pós Primeira Guerra Mundial e se estendeutentacularmente até por volta da segunda Guerra.Claro, essa é uma explicação imediatista. Os verdadeiros motivos estariam e seriam estruturais,ou seja, no perfil da economia que se alicerçou á partir das teorias econômicasgestadas desde os finais do século XVIII.
New Deal
Para solucionar o problema, modificações na política econômica tiveram que seremfeitas em vários países visando combater os efeitos da crise. Nos EUA, quando onovo presidente, Franklin Delano Roosevelt, foi eleito em 1932, pelo partido democrata as medidas começaram a surtir efeito.Com uma série de reformas antiliberais, com intensa intervenção do estado na economia, a situação foi se modificando. Esse conjunto de reformas foi denominadode "New Deal" (Nova Organização ou Novo Acordo) e se baseava nas proposta do economista inglês John Maynard Keynes. Essas medidas se resumiam em:
►Empréstimos ilimitados aos bancos para que pudessem disponibilizar uma linha de crédito controlado àqueles que tivessem em dificuldades e pudessem retornar ás atividades produtivas;
►Pagamento aos fazendeiros de uma indenização que cobrisse os prejuízos com a queima do excesso de produção. Tinha por finalidade equilibrar a oferta de produtos fazendo assim os preços subirem;
►Auxilio aos Estados concedendo-lhes subsídios para que pudessem aumentar os salários dos empregados e criar um seguro-desemprego. Essa medida visava fortalecer o mercado consumidor;
►Controle da jornada de trabalho, fixando-se um salário mínimo, proibição do emprego de crianças e das horas-extras;
►Legalização dos sindicatos para que pudessem negociar contratos coletivos de trabalho;
►Promoção de um amplo programa de obras públicas (barragens, estradas, portos, hidrelétricas, habitação popular) para dar emprego á massa de desempregados;
►Ampliação e estatização do sistema de previdência social, ficando o governo responsável pelo amparo ao trabalhador em caso de invalidês, velhice e desemprego;
►Controle severo sobre os preços dos produtos; cobrança de taxas sobre bebidas e sobre outros produtos supérfluos;
Essas medidas levaram a criação do Estado que se caracterizava pela promoção do bemestar social ou Welfare State.
Conclusão
A Crise havia atingindo a todos, não só os Estados Unidos. Na Europa, na Ásia e até naÁfrica.O Brasil que tinha sua produção centrada no cultivo do café, não resistiu ao ver sua mercadoria apodrecer nos silos por falta de comprador e pelos preços defasados. Como a economiabrasileira era dependente desse produto também foi afetado.Na Europa, os países desesperados para se safarem, tomaram medidas várias. Algunscomo Alemanha e Itália tiveram que adotar regimes autoritários para conseguiremimplementar medidas impopulares. A confusão provocada pela crise criou, na Europa,o clima responsável pela eclosão da Segunda Guerra Mundial.
Fonte: http://eduquenet.net/criseeconomica29.htm

Guerra de Canudos
História da Revolta de Canudos, líder Antônio Conselheiro, causas da Guerra dos Canudos, a situação social do sertão nordestino, os ataques do governo republicano, os combates, luta pelo trabalho no campo.
A situação do Nordeste brasileiro, no final do século XIX, era muito precária. Fome, seca, miséria, violência e abandono político afetavam os nordestinos, principalmente, a população mais carente. Toda essa situação, em conjunto com o fanatismo religioso, desencadeou um grave problema social. Em novembro de 1896, no sertão da Bahia, foi iniciado este conflito civil. Ele teve a duração de quase um ano, até 05 de outubro de 1897, e, devido à força adquirida, o governo da Bahia pediu o apoio da República para conter este movimento formado por fanáticos, jagunços e sertanejos sem emprego.
O beato Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Ele acreditava que havia sido enviado por Deus para acabar com as diferenças sociais e também com os pecados republicanos, entre estes, estavam o casamento civil e a cobrança de impostos. Com estas idéias em mente, ele conseguiu reunir um grande número de adeptos que acreditavam que seu líder realmente poderia libertá-los da situação de extrema pobreza na qual se encontravam. Com o passar do tempo, as idéias iniciais difundiram-se de tal forma que jagunços passaram a utilizar-se das mesmas para justificar seus roubos e suas atitudes que em nada condiziam com nenhum tipo de ensinamento religioso; este fato tirou por completo a tranqüilidade na qual os sertanejos daquela região estavam acostumados a viver.
Devido a enorme proporção que este movimento adquiriu, o governo da Bahia não conseguiu por si só segurar a grande revolta que acontecia em seu Estado, por esta razão, pediu a interferência da República. Esta, por sua vez, também encontrou muitas dificuldades para conter os fanáticos. Somente no quarto combate, onde as forças da República já estavam mais bem equipadas e organizadas, os incansáveis guerreiros foram vencidos pelo cerco que os impediam de sair do local no qual se encontravam para buscar qualquer tipo de alimento e muitos morreram de fome. O massacre foi tamanho que não escaparam idosos, mulheres e crianças.
Pode-se dizer que este acontecimento histórico representou a luta pela libertação dos pobres que viviam na zona rural, e, também, que a resistência mostrada durante todas as batalhas ressaltou o potencial do sertanejo na luta por seus ideais. Euclides da Cunha, em seu livro Os Sertões, eternizou este movimento que evidenciou a importância da luta social na história de nosso país.
Conclusão:
Esta revolta, ocorrida nos primeiros tempos da República, mostra o descaso dos governantes com relação aos grandes problemas sociais do Brasil. Assim como as greves, as revoltas que reivindicavam melhores condições de vida ( mais empregos, justiça social, liberdade, educação etc), foram tratadas como "casos de polícia" pelo governo republicano. A violência oficial foi usada, muitas vezes em exagero, na tentativa de calar aqueles que lutavam por direitos sociais e melhores condições de vida.
Fonte: http://palpiteaki.spaceblog.com.br/70083/Conflitos-brasileiros-Guerra-dos-Canudos/
Tenentismo
A Revolta dos Tenentes
Somente nos anos vinte amadureceram as contestações organizadas contra o café com leite e sua política de socialização das perdas do café. Em 1922, a Semana de Arte Moderna pôs a contestação na ordem do dia: a Reação Republicana lançou Nilo Peçanha contra Artur Bernardes, candidato do regime; no dia 25 de março foi fundado o Partido Comunista do Brasil (PCB). Após a I Guerra Mundial, o Clube Militar voltou a ser o articulador político. O Tenentismo se expôs, então, como principal ameaça à hegemonia coronelista. Era um movimento essencialmente militar, elitista e reformista, além de ideologicamente heterogêneo. Manifestou-se primeiro no episódio da Revolta dos 18 do Forte Copacabana, em 1922. Depois fez de São Paulo um campo de batalha na Revolução de 1924 e viveu seu apogeu na marcha da Coluna Prestes pelo país, entre 1924 e 1927.
Eram intelectuais, artistas, operários e até latifundiários e militares se organizando. A vanguarda tenentista sabia bem o que não queria, sonhava com reformas sociais, políticas e econômicas, mas não tinha clareza de como executá-las. Foi, assim, útil braço armado na Revolução de 1930.