Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Africa For Norway - New charity single out now!


Uma outra visão sobre a África.
O site do projeto:
http://www.africafornorway.no/

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Policial se recusa a cumprir ordem e é retirado de posto - Manifestação ...



Uma salva de palmas para esse policial.

Cláp! Cláp! Cláp! Cláp! Cláp! Cláp! Cláp! Cláp! Cláp! Cláp!

Saudações do Ateliê de História.

sábado, 15 de junho de 2013

Revolução Russa

CIEP 289 Cecílio Barbosa da Paixão
9º Ano do Ensino Fundamenta

Tema: Revolução Russa

Objetivos: Caracterizar os processos revolucionários de matriz socialista;
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica

Para acessar os slides da aula do dia 17 de junho é só clicar no link abaixo:
http://www.4shared.com/file/_2twQWhu/A_REVOLUO_RUSSA__1917_.html

terça-feira, 11 de junho de 2013

As características dos regimes totalitários



COLÉGIO ESTADUAL RUBENS FARRULLA
3º ANO DO ENSINO MÉDIO


ASSUNTO:OS SISTEMAS TOTALITÁRIOS NA EUROPA DO SÉCULO XX.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:

Identificar os conceitos de totalitarismo, anti semitismo, racismo e ditadura.
Analisar o holocausto.

Os trechos dos vídeos e os desenhos animados foram os que nós trabalharíamos em sala de aula e que por problemas técnicos não foi possível.   


Anti-semitismo

Segundo a definição dos dicionários, anti-semita é todo o inimigo do povo judeu, da sua cultura ou da sua influência.
1º Porque a ciência de hoje não admite que as diferenças étnicas entre os seres humanos alcancem a classificação de raça;
2º Porque a religião, cultura e tradição judaicas são compartilhadas por vários grupos étnicos.
A definição contém, ainda, um terceiro erro: os semitas, que segundo a Bíblia seriam os descendentes de Sem, filho de Noé, não são só apenas os judeus, mas também os povos árabes. Por estes motivos há autores, como Gustavo Perednik, que preferem utilizar o termo judeofobia, que significa "aversão a tudo o que é judaico".
A palavra alemã “anti-semitismus” foi usada pela primeira vez, já com o seu sentido actual, pelo jornalista e agitador alemão Wilhelm Marr, que a aplicou como um eufemismo no lugar da expressão “ódio aos judeus”. Em 1912 a Liga Pan-germânica adoptou o anti-semitismo como um dos seus princípios.

Etimologia e uso

Ao escritor político anti-semita Wilhelm Marr é atribuída a criação da palavra alemã "Anti-semitismus" em 1873, numa altura em que a ciência racial estava na moda na Alemanha mas o ódio religioso ainda não constava. Este termo serviu de alternativa à palavra alemã mais antiga "Judenhass", que significava ódio aos judeus.
Tanto quanto pode ser confirmado, a palavra foi impressa pela primeira vez em 1880. Nesse ano, Marr publicou "Zwanglose Anti-semitische Hefte" (cadernos informais anti-semitas) e Wilhelm Scherer usou o termo "Anti-semiten" (anti-semitas) no jornal "Neue Freie Presse" de Janeiro. A palavra "semitismo" aparece por volta de 1885.

Raízes do anti-semitismo

Muitos factores motivaram e fomentaram o anti-semitismo, incluindo factores sociais, económicos, nacionais, políticos, raciais e religiosos, ou combinações destes factores.
Na Idade Média, as principais raízes do ódio irracional contra judeus foram:
Religiosas, baseadas na pretensa "doutrina" da Igreja Católica de que os Judeus são colectiva e permanentemente responsáveis pela morte de Jesus Cristo;
Socioeconómicas, devido à acção de autoridades locais, governantes e alguns funcionários da Igreja que fecharam muitas ocupações aos judeus, permitindo-lhes no entanto as actividades de colectores de impostos e emprestadores, o que sustenta as acusações de que os Judeus praticam a usura.
Outro factor que teve bastante influência para o ódio irracional aos judeus foi o nazismo na Alemanha.

http://www.freewebs.com/holocausto12a/oantisemitismo.htm . Acesso: 11/06/2012


Escritores da liberdade

A face do Füher

Educação para a morte; a história de uma criança nazista

O Pianista - Anti semitismo
O início desse trecho encontra-se com problemas, mas nada impede o entendimento do assunto.


Utilidades do anti-semitismo
DEMÉTRIO MAGNOLI
"Alguns países europeus insistem em dizer que, durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler queimou milhões de judeus. Qualquer historiador, comentarista ou cientista que duvida disso é detido ou condenado." O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reproduziu o que circula, em grande parte do mundo árabe-muçulmano, como sabedoria convencional e, na Arábia Saudita, por exemplo, é ensinado às crianças nas escolas. Mas o anti-semitismo não surgiu, historicamente, entre os muçulmanos. Ele é um fruto da imposição do cristianismo como religião imperial de Roma, amadurecido nos tempos medievais sob os auspícios da Igreja Católica e com base na acusação de que os judeus, como povo, foram responsáveis pela crucificação de Cristo.
O anti-semitismo contemporâneo é uma derivação e uma radical reinterpretação do anti-semitismo religioso. Seus textos clássicos, como "Biarritz", romance vulgar publicado em 1868, sob pseudônimo, por um funcionário dos correios prussianos, e "Os protocolos dos sábios de Sião", célebre falsificação fabricada pelos serviços secretos czaristas no fim do século 19, são narrativas de uma conjuração judaica mundial. Neles, e em muitos outros, os temas medievais do "judeu errante" e do "judeu usurário" configuram uma nova imagem, que será apropriada pelos nacionalismos europeus.
Essa imagem é a do "judeu sem pátria", o eterno estrangeiro, portanto inimigo, que desempenha função instrumental na arregimentação das massas em torno do poder. Depois, o "judeu sem pátria" transfigurou-se facilmente no "judeu bolchevique", na mitologia da direita nacionalista e no delírio nazista. Mais estranho é que, apesar do diagnóstico do socialista francês August Bebel ("o anti-semitismo é o socialismo dos imbecis"), a demonologia dos judeus tenha contaminado também o pensamento de esquerda do século 20.
Estranho, mas nem tanto. O anti-semitismo difundiu-se entre a esquerda quando a URSS converteu-se ao patriotismo e atingiu seu zênite no momento em que Stalin deflagrou a campanha anti-semita de 1948-53, destinada a extirpar os "cosmopolitas sem raízes". O fio desse novelo continua a se desenrolar, agora pelas mãos de uma esquerda inculta que, destituída de programa ou idéias, cultiva um rancor cego contra a globalização, o imperialismo, os EUA e Israel, que lhe parecem sinônimos, e deixa-se embevecer pelo terror jihadista e pelos homens-bomba na Palestina.
O anti-semitismo tem mil e uma utilidades. Serve, até mesmo, por oposição, aos governos israelenses confrontados por acusações de violação dos tratados que regulam o tratamento de civis sob ocupação e de uso de métodos de tortura de prisioneiros. Numa macabra manipulação utilitária da memória do Holocausto, a denúncia desses atos é, quase sempre, classificada como manifestação de anti-semitismo.
A técnica, conduzida às suas possibilidades extremas, não poupa judeus. Meron Benvenisti, que foi vice-prefeito de Jerusalém e é colunista do "Haaretz", tornou-se "anti-semita" desde que escreveu "Sacred landscape", uma obra histórica rigorosa sobre a supressão da paisagem árabe em Israel. O maestro Daniel Barenboim, criador, com Edward Said, de uma orquestra palestino-israelense, foi acoimado de "anti-semita" desde que, em agosto, recusou uma entrevista à rádio do exército de Israel.

Demétrio Magnoli escreve às quintas-feiras nesta coluna.
@ - magnoli@ajato.com.br

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/opiniao/fz1512200507.htm. Acesso: 11/06/2013

Para saber mais

Origens do Totalitarismo (livro completo digitalizado)
A primeira parte trata do anti semitismo.
HANNAH ARENDT

O Holocausto: verdade e preconceito
LUIS MILMAN. Doutor em Filosofia, professor da  UFRGS.
Muralha anti-semita

Inspiradas em idéias racistas, autoridades do Estado Novo impediram a entrada de refugiados judeus no Brasil

Maria Luiza Tucci Carneiro. 
é professora do Departamento de História da Universidade de São Paulo e autora dos livros O Anti-semitismo na Era Vargas, 3ª ed., Perpectiva, 2001, e O Veneno da Serpente, Perspectiva, 2003.
http://www.revistadehistoria.com.br/secao/capa/muralha-anti-semita. Acesso: 09/06/2013 (e páginas seguintes)

Propaganda fascista e anti-semitismo [ 1946]

                                                                                                                                  Theodor W Adorno

terça-feira, 9 de abril de 2013

Correção - Exercício 1 - Unidade 5

CIEP 289 CECÍLIO BARBOSA DA PAIXÃO
1º ANO DO ENSINO MÉDIO
CURSO NORMAL


ASSUNTO: O ENCONTRO DE CULTURAS: EUROPEIA, AFRICANA E AMERÍNDIA

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
CARACTERIZAR AS IDENTIDADES EUROPEIAS, AFRICANAS E AMERÍNDIAS;
IDENTIFICAR AS TROCAS CULTURAIS;
DISCUTIR A ACULTURAÇÃO



 UNIDADE  5 -
 A COLONIZAÇÃO DA AMÉRICA PELOS EUROPEUS

CAPÍTULO 1
OS PRIMEIROS HABITANTES DA AMÉRICA

                O capítulo 1 trata das diversas teorias sobre a ocupação do continente americano e as características, econômicas, políticas, sociais e culturais dos principais povos pré-colombianos, dando destaque aos Maias, Incas e Astecas.


CAPÍTULO 2
A AMÉRICA ESPANHOLA

                O capítulo 2 analisa o processo de conquista da América Central e parte da América do Sul, pelos espanhóis, em seus diversos aspectos. Em seguida examina a base administrativa da colônia e como se deu a sua implantação. O próximo assunto do capítulo é a economia na colônia, tanto no que se refere a produção como a sua organização e a forma de trabalho predominante, destacando a encomienda e os repartimentos (mita). O capítulo finaliza com uma breve análise da sociedade, sociedade essa, baseada em uma “(...) hierarquia rígida baseada nas relações de trabalho e na estratificação (...)” (p. 219), no papel da Igreja e da religião na colonização e também das manifestações culturais, destacando as diversas formas de resistência.


CAPÍTULO 3
A AMÉRICA INGLESA

                O terceiro capítulo inicia-se com os diversos fatores que contribuíram para a imigração inglesa na América, para logo em seguida examinar como se deu a colonização e as formas de organização, nas treze colônias, principalmente nos seus aspectos econômicos. A última parte do capítulo analisa os aspectos culturais e sociais da América Inglesa.


CAPÍTULO 4
A COLONIZAÇÃO FRANCESA E HOLANDESA

                O menor capítulo da unidade 5. Esse capítulo nos da um apanhado geral dos processos de colonização francesa e holandesa nas Américas. O maior destaque é sobre a ocupação francesa na América Portuguesa e as práticas mercantilistas adotadas pelo Estado francês.
                Sobre a colonização holandesa, o capítulo, destaca o processo de ocupação da Bahia  (1621) e de Pernambuco (1630), após a União Ibérica.

Faria, Ricardo de Moura, Miranda, Liz Mônica, Campos, Helena Guimarães. Estudo de História. 1ª Ed - São Paulo - FTD. 2010. V. 1.

sábado, 2 de março de 2013

COLÉGIO ESTADUAL RUBENS FARRULLA
3º ANO DO ENSINO MÉDIO



ASSUNTO: BRASIL - REPÚBLICA VELHA: MUDANÇAS POLÍTICAS E SOCIAIS.

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES:

Comparar os significados geo-histórico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local e regional;
Correlacionar o conceito de cidadania no Brasil republicano com as organizações políticas e socioeconômicas do período.

Como combinado na aula anterior, estou postando os vídeos e o resumo da aula a partir do texto abaixo.

A República, os primeiros tempos (1889-1897)


"Antes de tudo, o Reinado era o Imperador. Decerto ele não governa diretamente e por si mesmo, cinge-se à Constituição e às reformas do sistema parlamentar, mas como ele só é arbitro da vez de cada partido e de cada estadista, e como está em suas mãos o fazer e desfazer os ministérios, o poder é praticamente dele."
Joaquim Nabuco – Um Estadista do Império, V. 2, p. 1086.

Para os republicanos, a monarquia brasileira, tendo D. Pedro II no trono, era uma anomalia nas Américas. De fato, dos regimes políticos existentes no Novo Mundo desde a independência, somente o dos Bragança era coroado. O restante deles era de repúblicas. A começar pelos Estados Unidos da América, republica desde 1787.
A única explicação que encontravam para isto era a existência do regime escravista. O imperador nada mais representava do que os interesses dos proprietários de escravos espalhados por todo o país: do Oiapoque ao Chuí (a maior extensão de um império escravista desde o desaparecimento do Império Romano, no século 4). O Brasil, durante a vigência do tráfico negreiro, calcula-se, absorvera 40% da mão de obra cativa vinda da África Negra.
Com a política de lenta desescravização adotada pelo regime (Lei Eusébio de Queirós, de 1850; Lei do Ventre Livre, de 1871; Lei Sexagenária, de 1885), que culminou na Lei Áurea de 13 de maio de 1888, o império gradativamente deixava para trás a sua razão de existir. O reinado dos Bragança era a face política da escravidão. A Casa Reinante era o prolongamento da Casa Grande. Quando as senzalas foram abertas e os cativos, por fim, emancipados, a função da Coroa deixou de existir.
Além disso, a presença do poder do imperador, no entender dos críticos, sufocava o país, mantinha-o longe das suas possibilidades e potencialidades. O trono travava tudo. Os republicanos sentiam a palpitação das novas idéias que não paravam de vir de fora: o positivismo de Comte, o evolucionismo de Spencer, o socialismo de Fourier e Proudhom, a bacteriologia do dr. Pasteur. Tudo isto parecia empacar no marasmo da vida cultural, na sensação de imobilismo que predominava no cenário político e social brasileiro do século que findava e que tão bem refletido estava nas novelas de Machado de Assis, com seus "homens-sem-ação". A isso somou-se a Questão Militar.

A Questão Militar
A Guerra do Paraguai (1865-1870) projetara o poder do Exército, mais do que o da Marinha. Todavia, o império desconsiderou isso. Os ministros civis, os barões do império, temiam que prestigiar os oficiais era estimulá-los a dar um golpe de estado (esta foi uma das razões de, terminada a guerra, não haver desfile da vitória pelas ruas do Rio de Janeiro, em 1870).
Muitos militares brasileiros, ao lutarem ao lado dos argentinos e dos uruguaios, envergonhados da persistência da escravidão e dos batalhões de negros sob seu comando, firmaram posição a favor da abolição e da república.
Também os fez inclinar pela causa republicana a influência francesa. O imperador Napoleão III fracassara miseravelmente na Guerra Franco-prussiana, de 1870, deixando-se até a ser capturado em Sedan, em setembro daquele mesmo ano. Em seguida, chegaram notícias ao Brasil da queda do Segundo Império (1852-1870) e sua substituição pela Terceira República francesa (1871-1940).
Ora, as forças brasileiras eram muito influenciadas pela doutrina militar importada de Paris e também por tudo o que ocorria na França, inclusive a idéia republicana do soldado-cidadão. Herdada da Revolução Francesa de 1789, essa doutrina defendia a posição de que um oficial, sem abandonar os princípios da hierarquia e da disciplina, devia interessar-se pelas questões políticas e sociais da sua pátria. Não só isso, tinha por igual "a obrigação de intervir no processo político nacional no sentido de conseguir o fim da corrupção e o restabelecimento da ordem moral conspurcada pela elite civil" (John Schulz - O exército na política, p.87).
No Brasil não era possível ignorar o problema da escravidão, assim foi inevitável que militares começassem a se envolver com a "Questão Servil", como se dizia então. O caso mais exemplar foi o do tenente-coronel Senna Madureira que apoiou a greve dos jangadeiros do Ceará contra o tráfico de escravos no porto de Fortaleza e que foi disciplinarmente punido por isto, em janeiro de 1887. Antes disso, ainda em 1883, ele fizera fama polemizando pela imprensa com o senador Marquês do Paranaguá, devido a um projeto de reforma militar.
Do envolvimento de muitos deles com as questões públicas e com o abolicionismo foi um passo para chegarem à república. De 1883 a 1889, multiplicaram-se os atritos entre os militares e os políticos do império, fazendo com que a tensão entre os quartéis e a liderança civil fosse constante.

A idéia da República
A idéia de implantar uma república no Brasil não era uma fantasia. Ao contrário, no transcorrer do século 19, ocorreram movimentos pró-republicanos. O primeiro deles foi a Confederação do Equador (agosto-novembro de 1824), que sublevou grande parte do Nordeste brasileiro, a república de Frei Caneca, fuzilado pelo império em 1825.
Outro foi a Revolução Farroupilha (1835-1845), logo acompanhada pela proclamação da República do Piratini, feita pelo general Netto, em 1836. República esta que, presidida por Bento Gonçalves, somente foi revogada pela Paz do Poncho Verde (em Dom Pedrito/RS), assinada em 1º de março 1845. Por igual, outras insurreições da época da Regência até a Revolução Praieira de 1849 tinham fortes tintas republicanas.
E, anterior a elas todas, o levante planejado por Tiradentes nas Minas Gerais contra o domínio português, nos finais do século 18, se bem sucedido, terminaria por igual na implantação de uma república de modelo norte-americano e não na fundação de uma monarquia cabocla. Para os republicanos, o alferes José da Silva Xavier era o primeiro prócer da República Brasileira que se viu por fim implantada no Quinze de Novembro.

Fonte: http://educaterra.terra.com.br/voltaire/brasil/2004/11/16/000.htm

DESAFIOS
(Atividade extra: valor 2,0 pontos.
Data da entrega: até o dia 25 de março)

A Proclamação da República foi retratada no livro Esaú e Jacó, de Machado de Assis. Protagonistas do romance, os gêmeos Pedro e Paulo divergem em tudo, exceto na admiração pela mesma mulher, Flora. Paulo é republicano; Pedro, imperialista.

No capítulo XXXVI,  A discórdia não é tão feia como se pinta, é descrito um raro momento de acordo entre os gêmeos, em relação a Flora:
Não há mister tremer, tanto mais que a discórdia dos dous começou por um simples acordo, naquela noite. Costeavam a praia, calados, pensando só, até que ambos, como se falassem para si, soltaram esta frase única:
—Está ficando bem bonita.
E voltando-se um para outro:
—Quem?
Ambos sorriram; acharam pico ao simultâneo da reflexão e da pergunta. Sei que este fenômeno é tal qual o do capítulo XXV, quando eles disseram da idade, mas não me culpem a mim; eram gêmeos, podiam ter o falar gêmeo.
A seguir, diante da visão da praia e do céu, cada um imagina um cenário diferente, correspondente à sua tendência política:
A imaginação os levou então ao futuro, a um futuro brilhante com ele é em tal idade.


Botafogo teria um papel histórico, uma enseada imperial para Pedro, uma Veneza republicana para Paulo sem doge, nem conselho dos dez, ou então um doge com outro título, um simples presidente, que se casaria em nome do povo com este pequenino Adriático. Talvez o doge fosse ele mesmo. Esta possibilidade, apesar dos anos verdes, enfunou a alma do moço.
Paulo viu-se à testa de uma república, em que o antigo e o moderno, o futuro e o passado se mesclassem, uma Roma nova, uma Convenção Nacional, a República Francesa e os Estados Unidos da América.
Pedro, à sua parte, construía a meio caminho como um palácio para a representação nacional, outro para o imperador, e via-se a si mesmo ministro e presidente do conselho. Falava, dominava o tumulto e as opiniões, arrancava um voto à Câmara dos Deputados ou então expedia um decreto de dissolução. É uma minúcia, mas merece inseri-la aqui: Pedro, sonhando com o governo, pensava especialmente nos decretos de dissolução. Via-se em casa, com o ato assinado, referendado, copiado, mandado aos jornais e às Câmaras, lido pelos secretários, arquivado na secretaria, e os deputados saindo cabisbaixos, alguns resmungando, outros irados. Só ele estava tranqüilo, no gabinete, recebendo os amigos que iam cumprimentá-lo e pedir os recados para a província.
Outro episódio do livro que retrata a Proclamação da República não tem a ver com os gêmeos. Trata-se da tabuleta da Confeitaria do Império, mandada pintar alguns dias antes pelo dono, Custódio. Ao saber das notícias sobre a revolução e queda do Império, Custódio tenta interromper a pintura da tabuleta, mas o pintor já a tinha terminado. Como ficar com uma tabuleta desatualizada de um dia para outro? O Conselheiro Aires sugere-lhe o nome "Confeitaria da República", mas o comerciante objeta que podia haver uma reviravolta.

Ambos ponderam sobre a escolha de um nome definitivo, que não dê mais despesas com a troca de tabuleta e que mantenha a respeitabilidade e confiança no estabelecimento. "Confeitaria do Governo" não podia ser, afinal todo governo tem uma oposição; "Confeitaria do Catete", o nome da rua, também não, já que nela havia outra.

Por fim, optam por "Confeitaria do Custódio", pois:
Muita gente certamente lhe não conhecia a casa por outra designação. Um nome, o próprio nome do dono, não tinha significação política ou figuração história, ódio nem amor, nada que chamasse a atenção dos dois regimes, e conseguintemente que pusesse em perigo os seus pastéis de Santa Clara, menos ainda a vida do proprietário e dos empregados. Por que é que não adotava esse alvitre? Gastava alguma coisa com a troca de uma palavra por outra, Custódio em vez de Império, mas as revoluções trazem sempre despesas.


O episódio da tabuleta é narrado nos capítulos XLIX – Tabuleta velha, L – O tinteiro de Evaristo, LXII – “Pare no D.” e LXIII – Tabuleta nova.


ASSIS, Machado. Esaú e Jacó. Texto integral aqui.
Extraído: http://livronasala.blogspot.com.br/2011/11/proclamacao-da-republica.html

1) Explique o significado da República para muitas pessoas na época da Proclamação com base no texto acima. Para essas pessoas a república era uma forma de governo que "veio para ficar" ou poderia ser algo transitório?

2) O proprietário da "Confeitaria do Império", no trecho selecionado, parece mais preocupado com seu prejuízo pessoal (o pagamento do pintor) do que com as transformações políticas do país naquele momento. Elabore um pequeno texto sobre a importância da participação na vida política do país. em seguida, escreva um pequeno discurso para convencer os moradores de sua região sobre o papel de cada um na transformação da sua comunidade.

Respostas nos comentários ou via e-mail (wsshist@gmail.com).





quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Chimamanda Adichie: O perigo de uma única história - Parte 1

CHIMAMANDA ADICHIE: O PERIGO DE UMA ÚNICA HISTÓRIA.

A escritora africana Chimamanda Adichie nos faz refletir sobre o poder da história contada, capaz de invocar valores,convicções e imaginações que muitas vezes não passam de uma reprodução de uma história única. Neste vídeo, somos convidados a ampliar os nossos olhares, percebendo a diversidade de histórias que nos cercam, e reconhecendo-nos não apenas como leitores mas como escritores de realidades. Afinal, cada um de nós possui uma história. “Não existe uma história única.”

Chimamanda Adichie: O perigo de uma única história - Parte 2




http://projetoquadroaquadro.wordpress.com/2012/07/16/chimamanda-adichie-o-perigo-de-uma-unica-historia/

domingo, 13 de janeiro de 2013

A Fundação Getúlio Vargas auxilia estudante a se preparar pra o ENEM


Projeto da Fundação Getulio Vargas pretende contribuir com estudantes para o Enem e melhorar métodos de professores

Mauro de Bias
Quem quer começar o ano se preparando para o Enem terá uma ajuda extra em 2013. A Fundação Getulio Vargas (FGV) lançou, no final do ano passado, o programa Ensino Médio Digital com a proposta de auxiliar os alunos que desejam estudar para o exame nacional ou apenas complementar os estudos regulares. O site ensinomediodigital.fgv.br disponibiliza, gratuitamente, material de todas as áreas do conhecimento ensinadas na escola, além de um banco com quase 5 mil questões.
Com relação ao conteúdo de História, política internacional, exacerbação do nacionalismo, discussões trabalhistas e disputa por colônias africanas e asiáticas são alguns dos temas abordados. “A ideia foi fornecer um panorama geral sobre o início do século XX, quais as causas que levaram à Primeira Guerra Mundial, por exemplo, o contexto na Europa e no Brasil”, explica Renato Franco, coordenador da área de Ciências Humanas do projeto.
A socióloga Raquel Emerique, outra coordenadora do projeto, explica que o Ensino Médio Digital também se dedica aos docentes por meio de orientação e cursos. “Os professores de escolas, às vezes, não sabem o que envolve a elaboração de uma questão. O Enem é feito por professores de universidades. Então, damos essa experiência para que eles também possam compreender o processo e melhorar suas práticas em sala de aula”, conta.
Baltasar Gomez Ruiz, professor de História do Ensino Médio, aprova a iniciativa para estimular os alunos. Ele trabalha nas redes pública e privada em São Paulo. “Eu utilizo múltiplas tecnologias. Para ensinar Revolução Francesa, há pouco tempo, usei documentos, apostila, debate, teatro para entender os estados e um documentário do History Channel.Os alunos adoram, então, faço essas conexões”, justifica. Agora, o professor terá mais um meio para ensinar.
Fonte: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/em-dia/uma-forcinha-nos-estudos

sábado, 12 de janeiro de 2013

As escolas particulares e a formação das elites.

Será que só as escolas particulares podem formar os chamados membros das elites brasileiras?

"O Ideb das escolas particulares

Quarta-feira, 09 de Janeiro de 2013
      A divulgação do mais recente Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) traz sempre informações relevantes para os gestores da rede pública. Mas não só para a rede pública: há também uma amostra da rede particular a cujos dados os gestores costumam dar pouca importância, contentando-se em constatar que o desempenho médio das escolas privadas é superior ao das públicas. Contudo, um gestor prudente pensa no médio e longo prazo, precisando analisar com cuidado todas as informações sobre o ambiente em que atua – ou ficará sob o risco de surpresas com a mudança paulatina de cenário.
      No relatório do Ideb há muitas informações interessantes, mas podemos nos restringir, no espaço deste artigo, a um olhar mais global sobre o desempenho da rede privada. O Ideb diz que as escolas particulares não alcançaram a meta para 2011 no Ensino Fundamental I (nota 6,5, contra meta de 6,6), no Ensino Fundamental II (nota 6,0, contra meta de 6,2) e no Ensino Médio (nota 5,7, contra meta de 5,8).
      Tudo bem. Pode-se argumentar que a diferença é muito pequena e que ainda assim os resultados superam em muito os da rede pública. Mas isso é muito pouco, quando se olha a planetária corrida pela melhoria da educação. O Brasil tem muito a caminhar na oferta de um ensino de qualidade. Indicadores internacionais, como o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), deixam claro que, mesmo se considerados os resultados da rede privada, o Brasil ainda está muito atrás dos países da Comunidade Econômica Europeia.
      O investimento em programas de aprimoramento contínuo do trabalho pedagógico precisa ser um processo permanente. No entanto, muitas escolas ainda não se deram conta disso. A sociedade do século XXI demanda novas gerações mais bem preparadas, sob todos os pontos de vista, e a escola particular tem um papel fundamental na formação de elites*. Descuidar dessa posição é um erro estratégico e o preço a se pagar pode ser a futura perda de prestígio social e de espaço no mercado educacional.
      Em muitas cidades do interior, onde as redes públicas municipais avançam mais rapidamente nos processos de melhoria, as escolas particulares já sofrem com a perda de alunos. Ao mesmo tempo, políticas afirmativas de acesso ao ensino superior, como as cotas, acirram ainda mais a competição pelas vagas nas melhores universidades.
      Assim, a divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) é uma oportunidade para refletirmos sobre uma questão que é imediata e decisiva para todos – e muitas escolas da rede particular precisam se dar conta dessa urgência."**

Francisca Romana Giacometti Paris
Pedagoga, mestra em Educação e diretora de serviços educacionais do Ético Sistema de Ensino, da Editora Saraiva.

* Grifo meu.
** Artigo publicado no Jornal O Globo, caderno Opinião (12/01/2013) 
Fonte: http://www.nota10.com.br/artigo-detalhe/5326_O-Ideb-das-escolas-particulares. Acesso: 12/01/2012.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Piso Nacional dos Professores

Eu usaria o título: "VERGONHA" e não GRANDE PERDA

GRANDE PERDA

Novo piso de professor de ensino básico será de R$1.567,00
Notícias foi anunciada hoje pelos principais meios de comunicação do país
Professores da rede pública de ensino que lecionam em turma de educação básica (ensino infantil ao médio) não poderão ganhar um salário menor do que R$ 1.567 neste ano.
O ministro Aloizio Mercadante (Educação) divulgou hoje o piso nacional do professor, reajustado em 7,97%. Hoje, o salário do professor é de R$1.451.
Esse é um dos menores reajustes do piso, definido em lei nacional há cinco anos. No ano passado, o reajuste salarial foi de 22,22%. Segundo a lei, o reajuste segue o mesmo percentual de aumento no valor gasto por aluno no Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica).
Composto por uma parte da arrecadação de diferentes impostos, o fundo é afetado diretamente pelo comportamento da economia nacional. Quanto maior o crescimento do país, mais receita tem o fundo e maior será o reajuste do professor. Como no ano passado o desempenho econômico do Brasil foi ruim, o reajuste inicialmente previsto em 21% caiu para 7,97%.
De acordo com a CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação), 14 Estados da federação ainda não cumprem integralmente a lei do piso nacional do professor. Além da definição do mínimo a ser pago ao docente para uma jornada de 40 horas semanais, a lei assegura ainda que ao menos 33% dessa carga horária seja dedicada a atividades extraclasse, para o profissional atender os estudantes e preparar aulas.
Fonte: JCNET 
http://cafehistoria.ning.com/?xg_source=msg_mes_network. Acesso: 11/01/2013

sábado, 5 de janeiro de 2013

Bíblia: Verdade e Ficção

Resumo

Robert Lane Fox é professor da Faculdade de História da Universidade de Oxford, e Ateu convicto! Já no prefácio ele coloca que exatamente por ser ateu ele é muito mais habilitado a fazer uma leitura histórica do cânone cristão, posto que uma crença religiosa ? seja na fé judaica, islâmica ou cristã ? não permitiria uma visão desprovida de pré-conceitos e altamente tendenciosa. 

O que ele pretende é justamente fazer uma garimpagem dos discursos presentes no livro sagrado, analisando-os à luz da História com os discursos pertinentes a cada período, assim podendo efetuar uma triagem entre fatos e mentiras (ou metáforas), bem como identificar inclusões posteriores had hoc aos textos. 
O livro surgiu, como Fox confessa, em uma conversa de bar. Na mesa, encontravam-se alguns amigos de docência de Fox, além do próprio Robert. O interessante nessa ? Roda de boteco? É que, segundo o autor, cada um, poder-se-ia dizer, representava uma religião: um judeu, um muçulmano, um católico, um anglicano e ele, ateu. Entraram, então, na discussão sobre a historiografia religiosa realizada: será que o ideal seria que ela fosse realizada por algum membro que estivesse inserido no próprio universo religioso estudado ou por outros, que professassem uma crença diferente. 
Robert Lane Fox, coloca, então, que tanto um quanto outro, por mais que tentassem manter uma postura mínima de imparcialidade na análise estariam, fatalmente, fadados ao fracasso, realizando um trabalho tendencioso e que apenas uma pessoa desprovida de interesses religiosos poderia realmente efetuar uma leitura histórica do objeto de estudo. 
É a partir daí que ele se propõe a realizar o estudo sobre a Bíblia que culmina nesse livro que, em minha visão pessoal, é o melhor livro de teor histórico sobre o livro sagrado do cristianismo. Fox estuda, sobretudo no Antigo Testamento, as alterações a posteriori sofridas pela necessidade de se criar um livro profético cujo grau de premonição pudesse ser comprovado; assim como as que se fundamentavam numa necessidade político-social vivida nos diversos mundos históricos, seja pelo povo hebreu, judeu ou cristão.

Fonte: http://resumos.netsaber.com.br/ver_resumo_c_3561.html

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Fonte: mentirinhas.com.br