Este Blog tem como objetivos: levar o conhecimento histórico a todos àqueles que tenham interesse na disciplina, ser um suporte para os nossos encontros em sala de aula, trocar informações, realizar algumas avaliações, acessar gabaritos, publicar trabalhos e também colocar para os alunos um espaço de reflexão sobre as nossas aulas de História. Esse também é um espaço para professores acessarem algumas idéias e sugestões para ajudar no tão corrido dia-a-dia de nós professores em sala de aula.
CIEP 289 Cecílio Barbosa da Paixão
9º Ano do Ensino Fundamenta Tema: Revolução Russa Objetivos: Caracterizar os processos revolucionários de matriz socialista;
Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica
Para acessar os slides da aula do dia 17 de junho é só clicar no link abaixo: http://www.4shared.com/file/_2twQWhu/A_REVOLUO_RUSSA__1917_.html
COLÉGIO
ESTADUAL RUBENS FARRULLA 3º ANO DO ENSINO MÉDIO
ASSUNTO:OS SISTEMAS TOTALITÁRIOS NA
EUROPA DO SÉCULO XX.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: Identificar os conceitos de totalitarismo, anti semitismo, racismo e ditadura. Analisar o holocausto.
Os trechos dos vídeos e os desenhos animados foram os que nós trabalharíamos em sala de aula e que por problemas técnicos não foi possível. Anti-semitismo
Segundo a definição dos dicionários, anti-semita é todo o inimigo do povo judeu, da sua cultura ou da sua influência.
1º Porque a ciência de hoje não admite que as diferenças étnicas entre os seres humanos alcancem a classificação de raça;
2º Porque a religião, cultura e tradição judaicas são compartilhadas por vários grupos étnicos.
A definição contém, ainda, um terceiro erro: os semitas, que segundo a Bíblia seriam os descendentes de Sem, filho de Noé, não são só apenas os judeus, mas também os povos árabes. Por estes motivos há autores, como Gustavo Perednik, que preferem utilizar o termo judeofobia, que significa "aversão a tudo o que é judaico".
A palavra alemã “anti-semitismus” foi usada pela primeira vez, já com o seu sentido actual, pelo jornalista e agitador alemão Wilhelm Marr, que a aplicou como um eufemismo no lugar da expressão “ódio aos judeus”. Em 1912 a Liga Pan-germânica adoptou o anti-semitismo como um dos seus princípios.
Etimologia e uso
Ao escritor político anti-semita Wilhelm Marr é atribuída a criação da palavra alemã "Anti-semitismus" em 1873, numa altura em que a ciência racial estava na moda na Alemanha mas o ódio religioso ainda não constava. Este termo serviu de alternativa à palavra alemã mais antiga "Judenhass", que significava ódio aos judeus.
Tanto quanto pode ser confirmado, a palavra foi impressa pela primeira vez em 1880. Nesse ano, Marr publicou "Zwanglose Anti-semitische Hefte" (cadernos informais anti-semitas) e Wilhelm Scherer usou o termo "Anti-semiten" (anti-semitas) no jornal "Neue Freie Presse" de Janeiro. A palavra "semitismo" aparece por volta de 1885.
Raízes do anti-semitismo
Muitos factores motivaram e fomentaram o anti-semitismo, incluindo factores sociais, económicos, nacionais, políticos, raciais e religiosos, ou combinações destes factores.
Na Idade Média, as principais raízes do ódio irracional contra judeus foram:
Religiosas, baseadas na pretensa "doutrina" da Igreja Católica de que os Judeus são colectiva e permanentemente responsáveis pela morte de Jesus Cristo;
Socioeconómicas, devido à acção de autoridades locais, governantes e alguns funcionários da Igreja que fecharam muitas ocupações aos judeus, permitindo-lhes no entanto as actividades de colectores de impostos e emprestadores, o que sustenta as acusações de que os Judeus praticam a usura.
Outro factor que teve bastante influência para o ódio irracional aos judeus foi o nazismo na Alemanha.
Educação para a morte; a história de uma criança nazista
O Pianista - Anti semitismo
O início desse trecho encontra-se com problemas, mas nada impede o entendimento do assunto.
Utilidades do anti-semitismo
DEMÉTRIO MAGNOLI
"Alguns países europeus insistem em dizer que, durante a Segunda Guerra Mundial, Hitler queimou milhões de judeus. Qualquer historiador, comentarista ou cientista que duvida disso é detido ou condenado." O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reproduziu o que circula, em grande parte do mundo árabe-muçulmano, como sabedoria convencional e, na Arábia Saudita, por exemplo, é ensinado às crianças nas escolas. Mas o anti-semitismo não surgiu, historicamente, entre os muçulmanos. Ele é um fruto da imposição do cristianismo como religião imperial de Roma, amadurecido nos tempos medievais sob os auspícios da Igreja Católica e com base na acusação de que os judeus, como povo, foram responsáveis pela crucificação de Cristo.
O anti-semitismo contemporâneo é uma derivação e uma radical reinterpretação do anti-semitismo religioso. Seus textos clássicos, como "Biarritz", romance vulgar publicado em 1868, sob pseudônimo, por um funcionário dos correios prussianos, e "Os protocolos dos sábios de Sião", célebre falsificação fabricada pelos serviços secretos czaristas no fim do século 19, são narrativas de uma conjuração judaica mundial. Neles, e em muitos outros, os temas medievais do "judeu errante" e do "judeu usurário" configuram uma nova imagem, que será apropriada pelos nacionalismos europeus.
Essa imagem é a do "judeu sem pátria", o eterno estrangeiro, portanto inimigo, que desempenha função instrumental na arregimentação das massas em torno do poder. Depois, o "judeu sem pátria" transfigurou-se facilmente no "judeu bolchevique", na mitologia da direita nacionalista e no delírio nazista. Mais estranho é que, apesar do diagnóstico do socialista francês August Bebel ("o anti-semitismo é o socialismo dos imbecis"), a demonologia dos judeus tenha contaminado também o pensamento de esquerda do século 20.
Estranho, mas nem tanto. O anti-semitismo difundiu-se entre a esquerda quando a URSS converteu-se ao patriotismo e atingiu seu zênite no momento em que Stalin deflagrou a campanha anti-semita de 1948-53, destinada a extirpar os "cosmopolitas sem raízes". O fio desse novelo continua a se desenrolar, agora pelas mãos de uma esquerda inculta que, destituída de programa ou idéias, cultiva um rancor cego contra a globalização, o imperialismo, os EUA e Israel, que lhe parecem sinônimos, e deixa-se embevecer pelo terror jihadista e pelos homens-bomba na Palestina.
O anti-semitismo tem mil e uma utilidades. Serve, até mesmo, por oposição, aos governos israelenses confrontados por acusações de violação dos tratados que regulam o tratamento de civis sob ocupação e de uso de métodos de tortura de prisioneiros. Numa macabra manipulação utilitária da memória do Holocausto, a denúncia desses atos é, quase sempre, classificada como manifestação de anti-semitismo.
A técnica, conduzida às suas possibilidades extremas, não poupa judeus. Meron Benvenisti, que foi vice-prefeito de Jerusalém e é colunista do "Haaretz", tornou-se "anti-semita" desde que escreveu "Sacred landscape", uma obra histórica rigorosa sobre a supressão da paisagem árabe em Israel. O maestro Daniel Barenboim, criador, com Edward Said, de uma orquestra palestino-israelense, foi acoimado de "anti-semita" desde que, em agosto, recusou uma entrevista à rádio do exército de Israel.
Inspiradas em idéias racistas, autoridades do Estado Novo impediram a entrada de refugiados judeus no Brasil
Maria Luiza Tucci Carneiro.
é professora do Departamento de História da Universidade de São Paulo e autora dos livros O Anti-semitismo na Era Vargas, 3ª ed., Perpectiva, 2001, e O Veneno da Serpente, Perspectiva, 2003.
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