O vídeo acima é a edição, de uma história em quadrinho, elaborada por Maurício de Souza sobre o Mito da Caverna, estrelando Piteco, sua finalidade é facilitar e quem sabe complementar o entendimento do nosso estudo sobre o mesmo mito em sala de aula.
O objetivo de analisarmos tal mito é de termos contato com a forma de pensar dos antigos e mais especificamente dos antigos gregos e a importância do mito para a compreensão de uma visão acerca de um mundo diferente do nosso.
“Platão acreditava que este mundo em que vivemos não passa de uma cópia imperfeita de um outro mundo perfeito que ele chamava de mundo das idéias. Aqui no mundo das aparências permanecemos presos às ilusões, às imagens, às opiniões, às falsas promessas, portanto, a tudo que aprisiona o indivíduo no erro. Através do mito da caverna ele ressalta o papel da filosofia de libertar o ser humano desses grilhões que o aprisionam, trazendo-o para a luz da verdade. Para Platão, o conhecimento da verdade proporcionado pela filosofia nos transporta do mundo das aparências para o mundo das idéias; da caverna para a liberdade; da alienação para a consciência; da morte para a vida”.
Fonte: http://noboteco.wordpress.com/2008/06/24/a-ilha-matrix-e-o-mito-da-caverna/
O Mito da Caverna
Rafael Santana Soares
Platão foi um grande filósofo, e o Mito da Caverna é muito interessante porque reúne as condições psicológicas do ser humano. Podemos observar que a história fala que havia homens aprisionados em uma caverna, e esses homens nunca tinham visto o mundo em sua forma natural, eles apenas viam sombras (a cor cinza da vida).
Conta Platão que um desses homens conseguiu escapar das correntes com que era aprisionado. Esse homem que escapou foi o único que conseguiu ver a realidade, por isso também queria leva-la para os outros que estavam aprisionados dentro da caverna, mas, como eles acreditavam que a verdadeira realidade era aquela das sombras, não confiaram no que aquele homem que dizia conhecer a verdadeira realidade estava dizendo, por isso pegaram-no e o mataram.
Platão elaborou essa fábula para que as pessoas pudessem perceber que há muitas coisas que nós acreditamos em função do nosso modo de pensar. Na historinha em quadrinhos do Piteco, elaborada por Mauricio de Sousa, baseada no Mito da Caverna, o autor faz uma espécie de comparação entre aqueles tempos remotos e hoje, mostrando alguns homens assistindo à televisão. No meu ponto de vista, Platão queria nos mostrar que aqueles homens primitivos se encantavam assistindo às sombras e achavam que a vida deles fosse apenas isso e nada mais, e Mauricio de Sousa retrata que os tempos de hoje estão se tornando semelhantes ao Mito da Caverna, porque do mesmo modo que aqueles homens primitivos ficavam obcecados por aquelas sombras, os homens de hoje em dia estão obcecados pela televisão e por outros meios de comunicação.
A mídia está trazendo danos à saúde da população atual. Por causa da televisão, o índice de obesidade aumentou muito, já que as crianças, os jovens e até mesmo os adultos passam mais tempo diante dela do que cumprindo com suas obrigações. As crianças estão se tornando mais agressivas por causa dos filmes, desenhos e seriados. As novelas levam o sexo para as pessoas de qualquer idade e, por isso, o índice de natalidade aumentou tanto, com as pessoas fazendo filhos cada vez mais cedo. Muitas crianças nunca tiveram um contato maior com a natureza nem com alguns animais porque a televisão mostra essa natureza e esses animais de forma comum, isso traz uma realidade inexistente a essas crianças, tirando assim a curiosidade delas.
O Mito da Caverna
Alexandre Ferreira Prodi
O Mito da Caverna nos leva a pensar em alguns pontos da nossa vida (da minha especificamente). O próprio mito nos revela como nos distraímos com algumas coisas tão banais e fúteis da vida ou, como no mito, com as sombras em 2D. Assim, não analisamos o contexto e a beleza das coisas mais profundamente — ou o dono da sombra. Os personagens prisioneiros ficavam admirando as sombras das pessoas, dos animais, objetos que passavam, mas não viam como eram esses objetos realmente, não podiam ver como as pessoas e os animais eram, sua cor, sua forma, sua aparência, só viam a sombra, e não os donos das sombras. Mas, quando um deles resolveu conhecer o mundo fora da caverna e tentou acordar os outros para a realidade, foi morto, porque achavam que somente aquilo, as sombras, era a realidade, somente aquilo mostrava “o fascinante show da vida”.
No nosso hoje, não é diferente. Como na cômica história de Mauricio de Sousa — As sombras da vida com Piteco —, o homem, o ser humano, tem se voltado para a mídia, para as “fofocas”, “novelas”, “filmes”, entre outras coisas, achando que aquilo que ele está vendo, assistindo, é a mais pura verdade, quando muitas vezes não é. Nada contra as noveleiras ou fofoqueiras de plantão, mas o homem coloca um cabresto em si mesmo, dizendo que somente o que a mídia faz ou mostra é o certo, quando muitas vezes tudo é programado — como, por exemplo, o “famoso” Big Brother, no qual todas as pessoas são contratadas e possuem um roteiro, orientando como fulano ou beltrano devem atuar — ou a informação está errada — as famosas fofocas de Leão Lobo — ou filmes que contam uma realidade totalmente diferente fazem com que a pessoa acredite, por exemplo, em magia, duendes, fantasmas, entre outras coisas.
A pessoa fica tão vidrada na TV ou no rádio ou em outro meio de comunicação qualquer, que não para para observar a realidade à sua volta, não abre os olhos para contemplar a vida. Uma pessoa assim só se movimenta, só vive se for através da mídia e não sai para analisar se aquilo que estão apresentando para ela é verdade, se aconteceu realmente, como foi, se existe mesmo aquilo que foi falado... Não se interessa em descobrir a vida através de outros meios — como em um esporte, um bom livro, uma viagem, um trabalho — ou até mesmo indo ao parque próximo da sua casa, se é que ele sabe que existe um parque perto de sua casa.
Nossa vida não é um mar de rosas, tudo fácil-fácil. Mas, se quisermos que seja, devemos batalhar por isso. Devemos aproveitar cada segundo como se fosse o último, e não ficar somente na figura em 2D, mas nos aprofundar nas formas e nos formatos das coisas em 3D, ou seja, não ficar só nas coisas planas, mas nos aprofundar mais nas coisas da vida, saber os “porquês” e aproveitar os momentos da vida como se fossem os últimos, abrir os olhos para a realidade e ver a vida como ela realmente é.
E, para terminar, uma frase célebre: “Conhece-te a ti mesmo...” ou és um simples vidrado na mídia?
O texto de Alexandre Ferreira Prodi e o de Rafael Santana Soares circulam na internet. Se você sabe quem é o autor, escreva-nos, pois queremos dar os devidos créditos.
Fonte: http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=1455
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