Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Tróia III


Um pouco de humor.
O que causou a guerra de troia?
Várias visões diferentes e factíveis sobre um mesmo assunto, evidenciam a incapacidade de uma única visão (dentre as 6) explicar totalmente o assunto.
Reproduzo aqui o que aprendi na palestra de Reinaldo Gonçalves da UFRJ que ocorreu outro dia lá na faculdade (FCE-UFBA). A tese do professor era que não se pode fazer uma analise internacional tendo os interesses nacionais como um bloco hegemônico, mas também se deve analisar as brigas dentro do estado pela hegemonia. Todos conhecem a historia da guerra de tróia, ter o visto o filme (na qual Brad Pitt deveria ganhar o premio de pior ator) ajuda bastante a compreender a questão, mas vamos a ela:
O que causou a Guerra de Tróia?
Segundo um cientistas político, Agamemon tinha um projeto de poder, ele queria unificar a Grécia e aproveitou a oportunidade.
Segundo um geógrafo, a guerra ocorreu por causa do território onde se localizava Tróia que era próximo ao trajeto das caravanas de comercio entre a Europa e a Ásia.
Segundo um sociólogo, a sociedade grega era divida em estamentos, o estamento dominante ligados aos militares precisavam se mostrar atuantes para manter seu status, isto é, a sociedade grega para se manter como estava necessitava estar permanentemente em guerra.
Segundo um economista, a influência do setor econômico foi essencial, o setor estaleiro (dos barcos) que era grande então viu uma oportunidade de expansão e pressionou o estado neste sentido.
Segundo um advogado, ocorreu uma violação do direito internacional, a partir do roubo de um bem público grego, o seqüestro de Helena.
Segundo um psicólogo, temos que considerar a motivação pessoal de cada pessoa separadamente; por exemplo quando consideramos a luxuria de Paris em conquistar Helena, que topa a aventura de bom grado e a honra do seu irmão Heitor para com Paris, chegamos a uma escolha completamente injustificada coletivamente, mas plenamente justificada individualmente. Do lado grego temos uma outra serie de egos pessoais que combinados resultam na declaração de guerra.
Depois dessa exposição, na qual cada profissional destaca uma parte da trama, não há mais como ver o todo, como uniforme. Várias visões diferentes e factíveis sobre um mesmo assunto, evidenciam a incapacidade de uma única visão (dentre as 6) explicar totalmente o assunto. “como conceber o todo sem as partes, ou mesmo as partes sem o todo?” Considerando isto, como não lembrar de Asquintas
Fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2005/10/334240.shtml

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