Vida de professor da rede pública

Súplica Cearense

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Formação Continuada II - Revisando os conceitos de colônias de exploração e colônias de povoamento.


Tema: colônia de exploração X colônia de povoamento
Organização e Roteiro de Ação:
  Como atividade de casa eu pedi que os alunos acessassem o link abaixo e desse uma lida nos debates: O conceito tradicional de "colônia de povoamento" nos livros didáticos de História deve ser revisto?
  passei dois vídeo, partes de um documentário que passou no History sobre os EUA. Os links encontram-se abaixo.
América, A Saga dos EUA - Ep. 01 Rebeldes (parte 01)

 América, A Saga dos EUA - Ep. 01 Rebeldes (parte 02)

O vídeo foi analisado e discutido em sala
Foi entregue aos alunos, o trecho do texto do professor Leandro Karnal e foi solicitado aos alunos que realizassem as atividades.
http://ateliedehistoria.blogspot.com.br/2011/07/comparando-os-modelos-de-colonizacao.html.
As atividades foram corrigidas em sala por meio de uma aula expositiva.

TERRAS PROIBIDAS – A SAGA DO CAFÉ NO VALE DO PARAÍBA - Resenhas e textos.



TERRAS PROIBIDAS – A SAGA DO CAFÉ NO VALE DO PARAÍBA
Por Luiza Lobo
Rocco, 495 págs., R$ 45
O livro Terras Proibidas – A saga do café no Vale do Paraíba, da professora de pós-graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro Luiza Lobo, é dedicado a estudiosos e instituições de pesquisas, segue com um prefácio cheio de citações e ao final há uma bibliografia e uma cronologia que o resume. Mas se trata de um romance. A obra é elogiada algo enigmaticamente na apresentação pelo escritor Deonísio da Silva: “As escolhas de Luiza Lobo lembram as da americana Dorothy Marie Johnson, cujo conto, adaptado para o cinema, resultou em O Homem Que Matou o Facínora, de John Ford”. Silva não esclarece as escolhas de Dorothy, mas a escolha de Luiza, de mesclar pesquisa e ficção, resultou mais numa respeitável documentação social sobre a lavoura do café na Província do Rio de Janeiro, de amena leitura, do que em grande arte. Interessante que a autora descenda de barões escravistas do café, mas sua ficção defenda o direito dos escravos a serem livres. – RENATO POMPEU
Terras proibidas: a saga do café no Vale do Paraíba do Sul, de Luiza Lobo. Rio de Janeiro: Rocco, 2011, 494 p. AS TERRAS PROIBIDAS DE LUIZA  LOBO
Márcia Cavendish Wanderley (UFF)
O ROMANCE DE HISTÓRIA DAS MENTALIDADES  E AS TERRAS PROIBIDAS
Luiza Lobo


quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Crítica a meritocracia na educação.

Livro da ex-secretária de Educação norte-americana sobre a falência da meritocracia será vendido na Conferência do Sepe





 O livro da professora norte-americana Diane Ravitch, “Vida e morte do grande Sistema Escolar 
Americano”, lançado no Brasil pelaEditora Sulina, será vendido na Conferência do Sepe, 
dias 2 e 3 dedezembro, por um preço menor que o de mercado. Ravitch  foi secretária-assistente de
educação nos governos Bush (pai) e Clinton, além de líder do movimento para a criação de 
um currículo nacional – ela era uma defensor da meritocracia e dos testes padronizados
(os provões) nas escolas de seu país, mas após trabalhar no governo,reviu radicalmente 
sua visão.

 O livro mostra como os testes padronizados e o modelo de mercado ameaçam a Educação.

O Sepe entrou em contato com a editora e acordou a venda do livro em nossa  Conferência por um 
preço menor que aquele das livrarias. 

A seguir, o release sobre a escritora:
  
“Um apelo passional pela preservação e renovação da educação pública.  O livro Vida
 e Morte do Grande Sistema Escolar Americano é uma mudança radical de perspectiva, 
escrito por uma das mais conhecidas especialistas em educação dos EUA.


“Diane Ravitch examina a sua carreira na reforma educacional erepudia posições que ela
 anteriormente defendeu firmemente.Baseando-se em 40 anos de pesquisa e experiência, 
Ravitch criticaas ideias mais populares de hoje para reestruturar as escolas, 
incluindo privatização, testes padronizados,responsabilização punitiva e multiplicação
 irresponsável de escolas autônomas. Ela demonstra conclusivamente por que o modelo
 empresarial não é uma forma apropriada de melhorar as escolas. Usando exemplos
 de grandes cidades como Nova York, Philadelphia, Chicago, Denver e San Diego,
 Ravitch evidencia que a educação de hoje está em perigo.

“Ravitch inclui propostas claras para melhorar as escolas americanas:

– deixe as decisões sobre as escolas para os educadores, não para os políticos ou
 empresários;

– construa um currículo verdadeiramente nacional que estabeleça o que as crianças em
 cada série deveriam estar aprendendo;

– espere que as escolas autônomas eduquem as crianças que precisam de mais ajuda, 
não que concorram com as escolas públicas;

– pague um salário justo aos professores pelo seu trabalho, não um “salário por mérito” 
baseado em pontuações de testes profundamente falhos e não confiáveis;

– encoraje o envolvimento familiar na educação logo a partir dos primeiros anos.

“Vida e Morte do Grande Sistema Escolar Americano oferece mais do que apenas
 uma análise da situação atual do sistema educacional americano.
 É uma leitura fundamental para qualquer um interessado no futuro da educação americana.

Diane Ravitch é professora e pesquisadora de educação na Universidade de Nova York
e membro associado do Instituto Brookings. De 1991 a 1993, ela foi secretária-assistente
de educação e conselheira do secretário de educação Lamar Alexander na  administração do
presidente George H. W. Bush. O presidente Clinton apontou-a para a
unta Nacional de Assessoramento Governamental, que supervisiona as testagens federais.
Ela é autora e editora de mais de 20 livros,incluindo The Language Police e Left Back,
e seus artigos apareceram em numerosas revistas e jornais. Nativa de Houston,
Ravitch graduou-se nas escolas públicas de Houston,  Wellesley College e Universidade de Colúmbia. Ela vive no Brooklyn, Nova York.”
 Ela é autora e editora de mais de 20 livros,incluindo The Language Police e Left Back,
 e seus artigos apareceram em numerosas revistas e jornais. Nativa de Houston,
 Ravitch graduou-se nas escolas públicas de Houston,
 Wellesley College e Universidade de Colúmbia. Ela vive no Brooklyn, Nova York.”

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Formação Continuada

A partir dessa postagem irei publicar as aulas preparadas para o curso de Formação Continuada da SEEDUC para as turmas do 1º Ano – elaboradas e adaptadas para o curso noturno.
Assunto: História da América.
Tema: A conquista da América Espanhola na obra de Bartolomeu de Las Casas e nas ilustrações de Theodere de Bry. 

Roteiro de Ação
Duração prevista: 2 aulas (45 minutos cada)
Área de conhecimento: História da América
Assunto: A conquista européia nas gravuras de Theodore de Bry
Competência:
Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais.
Habilidades:
Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da História.
Materiais necessários:  Cópia dos textos;  Data show.
Introdução
            Professor,
            A atividade a seguir, tem como objetivo analisar o impacto da conquista espanhola, através de análise de texto e imagens produzidas por Theodore de Bry para a obra de Bartolomeu de Las Casas (com o auxílio da disciplina de espanhol).
            Entendemos que com essa aula abrangemos apenas uma das diversas partes e contextos do processo e conquista da América espanhola.
Providências:
            O professor previamente deverá entregar aos alunos as fichas sobre os comentários das imagens para ser trabalhada na disciplina de espanhol e o trecho selecionado do artigo Hernán Cortés: histórias e memória do professor Marcus Vinícius de Morais, que se encontra no link: http://fabiopestanaramos.blogspot.com.br/2011/02/hernan-cortes-historias-e-memoria.html. Site: Para entender a História. Acesso: 27 de setembro de 2012. Pedir aos alunos que elaborem suas dúvidas com relação ao texto lido.
Pré-requisitos:
            O professor deve relembrar o processo de expansão europeu e os fatores que contribuíram para esse processo, tais como: a centralização monárquica e o mercantismo
Procedimentos:
1ª Aula – Análise do texto
            Pedir aos alunos que formem um círculo e que um deles apresente as suas dúvidas, logo após, indague quais dos alunos pode sanar as dúvidas do colega. Repita essa estratégia duas ou três vezes.
            Ao término dessa etapa faça asa suas considerações sobre o texto e as relações devidas com o tema a ser estudado.
2ª Aula – Exibir as imagens de Theodore de Bry, no data show
            Exibir as gravuras e pedir que os alunos relacione-as com o material traduzido na aula de espanhol. Link no final da postagem.
Avaliação
            A avaliação deverá ser feita utilizando a pertinência das dúvidas elaboradas a partir da leitura do texto e as respostas dos próprios alunos e a as relações feitas entre as fichas – traduzidas – e as gravuras. Pode-se fazer também uma análise do texto por escrito.  
Aprofundamento
Carvalho, Lucas Borges de. Direito e Barbárie na Conquista da América Indígena.http://periodicos.ufsc.br/index.php/sequencia/article/view/15222 (PDF). Acesso: 23 de setembro de 2012.
Lima, Fábio Jesus de. Bartolomeu de Las Casas e os índios: O visionário das Américas. In. Texto didático história das Américas.http://www.uel.br/pessoal/jneto/arqtxt/Textosdidaticos-HistoriaAmerica.pdf. Acesso: 23 de setembro de 2012.
Um outro olhar.
Uma síntese sobre os diversos mitos sobre a conquista da América. Publicado no site da revista Aventuras na História.
Os sete mitos da conquista da América
Como poucas centenas de espanhóis submeteram milhões de índios, alguns tão desenvolvidos quanto as mais avançadas civilizações européias?
Textos - fichas - para os slides (em espanhol)
1º Slide
«Hacían unas horcas largas que juntasen casi los pies a la tierra, y de trece en trece, a honor y reverencia de nuestro Redentor y de los doce apóstoles, poniéndoles leña y fuego los quemaban vivos». (La Española)
2º Slide
«Otros, y todos los que querían tomar a vida, cortábanles ambas manos y dellas llevaban colgando, y decíanles: 'Andad con cartas', conviene a saber: 'Llevá las nuevas a las gentes que estaban huídas por los montes'.
Comúnmente mataban a los señores y nobles desta manera: que hacían unas parrillas de varas sobre horquetas y atábanlos en ellas y poníanles por debajo fuego manso, para que poco a poco, dando alaridos, en aquellos tormentos desesperados se les salían las ánimas». (La Española)
3º Slide
«[...] hizo meter dentro de una casa de paja muy grande los más señores por engaño, y metidos les mandó poner fuego y los quemaron vivos. A todos los otros alancearon y metieron a espada con infinita gente, y a la señora Anacaona, por hacelle honra, ahorcaron». (La Española)
4º Slide
«[...] dándole un cacique o señor de su voluntad o por miedo (como más es verdad) nueve mil castellanos, no contentos con esto prendieron al dicho señor y átanlo a un palo sentado en el suelo y, estendidos los pies, pónenle fuego a ellos porque diese más oro, y él envió a su casa y trajeron otros tres mil castellanos; tórnanle a dar tormentos y, él no dando más oro porque no lo tenía o porque no lo quería dar, tuviéronle de aquella manera hasta que los tuétanos le salieron por las plantas, y así murió». (Tierra Firme)
5º Slide
«A todos los señores, que eran más de ciento y que tenían atados, mandó el capitán sacar y quemar vivos en palos hincados en la tierra. Pero un señor, [...] pudo soltarse y recogióse con otros veinte o treinta o cuarenta hombres al templo grande que allí tenían, el cual era como fortaleza, que llamaban cuu, y allí se defendió gran rato del día. Pero los españoles, [...] pusieron fuego al templo y allí los quemaron dando voces: '¡Oh, malos hombres! ¿Qué os hemos hecho?, ¿por qué nos matáis? Andad, que a México iréis, donde nuestro universal señor Motenzuma de vosotros nos hará venganza'». (Matanza de Cholula)
6º Slide
«[...] y envió otras cuadrillas a todas las otras partes de la ciudad donde hacían las dichas fiestas, disimulados como que iban a verlas, y mandó que a cierta hora todos diesen en ellos. Fue él, y estando embebidos y seguros en sus bailes, dice '¡Santiago y a ellos!' Y comienzan con las espadas desnudas a abrir aquellos cuerpos desnudos y delicados y a derramar aquella generosa sangre, que uno no dejaron a vida». (Matanza del Templo Mayor de México)
7º Slide
«[...] cuando iba a hacer guerra a algunos pueblos o provincias llevaba de los ya sojuzgados indios cuantos podía, que hiciesen guerra a los otros, y como no les daba de comer a diez y a veinte mil hombres que llevaba, consentíales que comiesen a los indios que tomaban. Y así había en su real solenísima carnecería de carne humana, donde en su presencia se mataban los niños y se asaban, y mataban el hombre por solas las manos y pies, que tenían por los mejores bocados [...] Mató infinitas gentes con hacer navíos: llevaba de la mar del Norte a la del Sur ciento y treinta leguas los indios cargados con anclas de tres y cuatro quintales, que se les metían las uñas dellas por las espaldas y lomos. Y llevó desta manera mucha artillería en los hombros de los tristes desnudos, y yo vide muchos cargados de artillería por los caminos angustiados». (Alvarado en Guatemala)
8º Slide
«Como andaban los tristes españoles con perros bravos buscando y aperreando los indios, mujeres y hombres, una india enferma, viendo que no podía huir de los perros que no la hiciesen pedazos como hacían a los otros, tomó una soga y atóse al pie un niño que tenían de un año y ahorcóse de una viga. Y no lo hizo tan presto que no llegaron los perros y despedazaron el niño, aunque antes que acabase de morir lo batizó un fraile [...] En este reino, o en una provincia de la Nueva España, yendo cierto español con sus perros a caza de venados o de conejos un día, no hallando qué cazar parecióle que tenían hambre los perros, y toma un muchacho chiquito a su madre y con un puñal córtale a tarazones los brazos y las piernas, dando a cada perro su parte». (Yucatán)
9º Slide
«Danle el tormento del trato de cuerda, échanle sebo ardiendo en la barriga, pónenle a cada pie una herradura hincada en un palo y el pescuezo atado a otro palo y dos hombres que le tenían las manos, y así le pegaban fuego a los pies y entraba el tirano de rato en rato y le decía que así lo había de matar poco a poco a tormentos si no le daba el oro». (Bogotá)
10º Slide
«[...] envió gente a hacer guerra, donde mataron infinitas ánimas y cortaron manos y narices a mujeres y a hombres que no se podrían contar, y a otros echaron a perros bravos que los comían y despedazaban.
Otra vez, [...] [los indios] se fueron a un peñón fuerte para se defender de enemigos que tanto carecían de entrañas de hombres, [...] Idos los españoles al peñón, súbenlo por fuerza, [...] y que los aseguraban que no les harían mal alguno, que no peleasen, luego los indios cesaron; manda el crudelísimo hombre a los españoles que tomasen todas las fuerzas del peñón y, tomadas, que diesen en los indios. [...] Después de haber descansado un rato, mandó el capitán que matasen y despeñasen del peñón abajo, que era muy alto, toda la gente que viva quedaba. Y así la despeñaron toda, y dicen los testigos que veían nubada de indios echados del peñón abajo, de setecientos hombres juntos que caían donde se hacían pedazos». (Nueva Granada)

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

HOMENAGEM (II) - Morre o historiador Eric Hobsbawm


A morte do historiador Eric Hobsbawm

Do G1
Intelectual é considerado um dos maiores historiadores do século XX. Ele escreveu 'A era das revoluções', 'A era do capital' e outras obras.
O historiador britânico Eric Hobsbawm morreu nesta segunda-feira (1º) aos 95 anos no hospital Royal Free de Londres , informou sua família. Ele sofria de pneumonia.
O intelectual marxista é considerado um dos maiores historiadores do século XX e escreveu "A era das revoluções", "A era do capital", "A era dos impérios", "Era dos extremos", "História social do jazz", entre outras obras.
Eric Hobsbawm durante uma feira do livro em Leipzig, em 1999 (Foto: Eckehard Schulz/AP)
Hobsbawm nasceu de uma família judia em Alexandria, Egito, em 1917. Ele cresceu em Viena, Áustria, e Berlim, Alemanha, e se mudou para Londres, Inglaterra, em 1933, obtendo a cidadania inglesa. O historiador se filiou ao Partido Comunista da Inglaterra em 1936.
Ele estudou no King's College de Londres e começou a dar aula na Universidade de Birkbeck em 1947, mais tarde tornando-se presidente da instituição.
Em 1962, ele publicou o primeiro de três volumes sobre o que chamou de "o longo século XIX", cobrindo o período entre 1789, ano da Revolução Francesa, e 1914, começo da I Guerra Mundial. O volume seguinte, "Era dos extremos", retratou a história até 1991, o fim da União Soviética, foi traduzido para quase 40 línguas e recebeu muitos prêmios internacionais.
Seu último livro é "Como mudar o mundo", de 2011, sobre sua tradição marxista.
De acordo com o jornal britânico "The Guardian", ele tem um livro em revisão a ser publicado em 2013.
Ele veio ao Brasil em 2003 participar da primeira edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), evento do qual foi estrela.
Hobsbawm deixa a mulher, três filhos, sete netos e um bisneto.
O historiador britânico Eric Hobsbawm posa durante a primeira edição da Flip, em 2003; ele foi considerado a estrela daquela edição  (Foto: Divulgação)